quinta-feira, julho 28, 2011

Evento do PV Jovem de Jaboatão dos Guararapes





O Partido Verde de Jaboatão dos Guararapes está buscando se aproximar mais da juventude escutando-a e percebendo suas necessidades. O PV Jovem que possui como presidente municipal André Tabosa fará um evento para posse de sua executiva no dia 06 de agosto às 9h no clube porto do sol no catamarã.
É importante que a juventude jaboatonense tenha vez e voz e possa exercer sua cidadania. O PV com essa atitude dá sua contribuição para que o jovem possa se aproximar da política e se envolva mais nas questões ambientais.

Participe!!!

quarta-feira, julho 27, 2011

Jaboatão : Caos no transporte público

Todos nós que transitamos pelas ruas de Jaboatão, seja com transporte público seja de automóveis, sabemos do caos que se encontra o transporte e o trânsito desse município. Ônibus de péssima qualidade sem nenhum conforto , permissionários sem nenhuma qualificação, sem falar no VEM, sistema de créditos eletrônicos que a maioria dos microônibus ainda não possuem fazendo com que as pessoas paguem a passagem com um direito assegurado.
O trânsito é mal sinalidado e as vias estão totalmente ocupadas pelas pessoas que se aventuram junto aos veículos não ter espaço nas calçadas ocupadas por camelôs e pela falta de fiscalização da prefeitura nos estabelecimentos comerciais que invadem o espaço público.
Há um consenso entre especialistas que a solução para melhoria do transporte público no município passa pelo investimento em corredores de ônibus, ampliação da rede de metrôs e oferta de ciclovias em nossas avenidas. Vivemos numa cultura totalmente dependente do automóvel e se continuarmos nesse ritmo entraremos numa imobilidade urbana se não houver investimentos em veículos não-motorizados e públicos. É nesse contexto que Jaboatão dos Guararapes precisa se inserir oferecendo políticas públicas para a sociedade. Mobilidade urbana é um importante para a qualidade de vida da população.


Gestão de Resíduos Sólidos em Jaboatão : Desafios e Alternativas

Um dos temas que mais geram discussões hoje entre os ambientalistas, governos e sociedade é a questão dos resíduos sólidos. No nosso país grande parte do nosso lixo(88%) vão parar em lixões e aterros, 2% são reciclados e 8% levados para usinas de compostagem. Para se ter idéia, menos de 10% das cidades brasileiras possuem algum mecanismo de reaproveitamento de resíduos sólidos.
Jaboatão dos Guararapes é uma cidade que cresceu desordenadamente, vítima do êxodo rural que aconteceu em meados da década de 60 pela ampliação de seu parque industrial. Problemas de água e esgoto, destinação de resíduos e uso e ocupação do solo vieram com esse fenômeno. As gestões anteriores também foram desastrosas nessa área.
Como já foi falado em matérias anteriores, está entre as cidades menos saneadas do brasil e não há um plano de gerenciamento de resíduos sólidos passando pela reciclagem e pela coleta seletiva de lixo impactando menos o meio ambiente e gerando emprego e renda. Ações pontuais são feitas mas não resolvem o grande problema dos resíduos no município.
Temos uma secretaria de meio ambiente que não possui recursos, nem quadros suficientes para desenvolver projetos nessa área. Ela é hoje uma mera secretaria executiva que serve de cota para o PV-Partido Verde, que infelizmente não vem dando resultados claros na pasta.
Não há também co-responsabilidade da população pela produção do lixo. A maioria das pessoas coloca-se apenas no papel de cobrar da adminstração pública a melhora do sistema e apenas se compromete em colocar os resíduos para o recolhimento da coleta pública.
O Plano Nacional de Resíduos Sólidos lei n 12305, aprovado no final de 2011 pelo presidente Lula, que todos os municípios devem fazer a separação de lixo corretamente através da coleta seletiva. Sendo assim, Jaboatão dos Guararapes terá que se adequar a essa nova realidade.
O caminho para resolução desses problemas passa pelo comprometimento de todos os atores envolvidos: da população na co-gestão dos resíduos sólidos desde a redução do desperdício e do consumo exagerado e da separação dos materiais. O poder público deve planejar ações e definir formas de gerenciamento de resíduos sólidos num município onde a não há educação ambiental.

terça-feira, julho 26, 2011

Para Prefeitura de Jaboatão Saneamento não dá voto

O saneamento básico é um dos problemas mais graves de Jaboatão dos Guararapes. Essa deficiência é fruto da falta de investimento do Governo do Estado através da Compesa e do município. Segundo o Instituto Trata Brasil, Jaboatão está entre os 10 piores cidades quando o assunto é saneamento básico.
O prefeito Elias Gomes prometeu resolver o problema do saneamento básico na cidade, mas como diz o ditado popular que " saneamento não dá voto porque fica em baixo da terra" pouco foi feito nesse período. Promessas, nada mais que promessas.
As chuvas chegaram e Jaboatão está com problemas sérios de deslocamento com ruas instrasitáveis, sem falar em deslizamentos em áreas de risco. O prefeito preferiu culpar a natureza quando deveria ter tomado atitudes preventivas.
Acesso a serviços de esgoto sanitário, drenagem urbana e destinação adequada dos resíduos sólidos são alternativas para resolução de problemas crônicos em nosso município como a proliferação de doenças, alagamentos e barreiras em área de risco. Um trabalho de educação ambiental também se faz necessário.
Infelizmente o Prefeito Elias não consegue integrar secretarias estratégicas como Cidades, Educação, planejamento e meio ambiente em ações para melhoria da qualidade de vida da população.

CASCA DE BANANA PODE DESPOLUIR ÁGUA

Fonte: Adriana Minhoto(site e esse tal meio ambiente? )

“Yes, nós temos banana!” Engana-se quem pensa que esta fruta tropical serve apenas para matar a fome e é rica em potássio e fibras. A casca da banana, esnobada por muitos, tem um valor inimaginável.

Um projeto da doutoranda da Ufscar (Universidade Federal De São Carlos, no interior de São Paulo) Milena Boniolo demonstra que a partir de um pó feito com a casca da fruta, é possível descontaminar água com metais pesados.

Boniolo teve a ideia após assistir uma reportagem sobre o desperdício da fruta no Brasil. “Só na Grande São Paulo, quase quatro toneladas de cascas de banana são desperdiçadas por semana. E isso é apenas nos restaurantes”, diz em entrevista para a Folha.com.

A pesquisadora já trabalhava com estratégias de despoluição da água, porém todos os métodos sempre foram muito caros, como as nanopartículas magnéticas, inviabilizando o uso em pequenas e médias indústrias.

Como a casca da banana tem pouco interesse comercial, existem empresas dispostas a até doá-las. “O volume de sobras de banana é muito grande, as empresas têm gastos para descartar adequadamente esse material. Isso é um incentivo para que elas participem das pesquisas”, afirma Boniolo.

O método de despoluição se baseia no seguinte princípio: os opostos se atraem, pois na casca da banana existe grande quantidade de moléculas carregadas com carga negativa. Elas atraem os metais pesados, positivamente carregados.

Eu comecei fazendo em casa. É realmente muito fácil“, diz a pesquisadora. As cascas de banana são colocadas em assadeiras e ficam secando ao sol durante quase uma semana. O material é triturado e, depois, passa por uma peneira especial. Isso garante que as partículas sejam uniformes. O resultado é um pó extremamente fino, que é adicionado à água contaminada. Para cada 100 ml a serem despoluídos, usa-se cerca de 5 mg do pó de banana.

Já em laboratório, o índice de descontaminação foi de 65% a cada vez que a água passava pelo processo. Logo, se for colocado em prática repetidas vezes, é possível chegar a altos níveis de “limpeza”.

O projeto, que foi apresentado na dissertação de mestrado da pesquisadora no Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), foi pensado com urânio, mas, segundo Boniolo, é eficaz também com outros metais, como cádmio, chumbo e níquel, muito usados na indústria.

Boniolo ganhou o Prêmio Jovem Cientista e recebeu convite para apresentar a ideia no Brasil e na Inglaterra.

Propostas sobre resíduos sólidos serão levadas à reunião interministerial

No próximo dia primeiro, serão apresentadas e debatidas as propostas de algumas metas para a reunião interministerial do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que foram fechadas em encontro realizado com o grupo de trabalho (GT1) e o Comitê Interministerial.

Na reunião de sexta-feira (22), realizada em Brasília, e coordenada pelo secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Nabil Bonduki, foram discutidas as propostas de metas que estão em elaboração no Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

O Comitê Interministerial, além de aprovar o calendário de ações e instituir procedimentos para a elaboração do PNRS, formula estratégias para a promoção e difusão de tecnologias limpas para a gestão e o gerenciamento de resíduos sólidos.

Essa é a segunda reunião do grupo de trabalho (GT1) entre o governo e as várias entidades, como a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Abema, Abetre e Abrelpe, entre outras, para tratar da questão do descarte dos resíduos sólidos urbanos, dos catadores, da construção civil, dos serviços de saúde, de transportes, mineração, industriais e agrossilvopastoris.

Na ocasião, o diretor de Ambiente Urbano, Silvano Silvério, que também participou do encontro, informou que o Comitê Interministerial vai analisar esse conjunto de metas, elaboradas na primeira reunião pelos grupos temáticos, e estabelecer as que serão colocadas em discussão com a sociedade nas audiências públicas que vão acontecer nos próximos anos.

Além de representantes do Ministério do Meio Ambiente, estiveram presentes também funcionários das outras dez pastas que compõem o Comitê Interministerial, além da Casa Civil e da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, do Ibama e do Ipea, entre outros.

(Fonte: Aída Carla de Araújo/ MMA)

terça-feira, julho 19, 2011

SUSTENTABILIDADE E A COPA DE 2014

Muito mais do que seleções disputando um título em estádios lotados com pessoas alegres, a Copa é uma indústria que movimenta bilhões de dólares, atua em diversos setores da economia e gera muitos empregos. Muitos mesmo. Para 30 dias de celebração mundial, ela requer anos de preparação e uma cadeia produtiva altamente impactante para o meio ambiente.

A Copa do Brasil já está sendo chamada de COPA LIMPA ou COPA SUSTENTÁVEL, porém, para que a mesma possa ser realizada é preciso resolver dois problemas fundamentais: o do transporte e da construção civil. Quem mora nas grandes cidades sofre com a precariedade dos transportes públicos sendo obrigado a se deslocar com veículos particulares para uma mobilidade diária.

No que diz respeito à construção civil, por mais que haja uma ampla discussão da sustentabilidade do setor sabe-se dos grandes impactos ambientais provocados por esse tipo de atividade. Sem falar que na copa haverá a necessidade urgente de construção e reforma no setor hoteleiro, modernização e construção de novos estádios.

Outros problemas além dos citados precisam ser resolvidos como investimento em fontes de energia menos impactantes como a energia solar e eólica, mecanismos que possibilitem a captação de água de outras fontes como a da chuva, sistemas de reuso para utilização nos estádios para fins menos nobres, como a drenagem dos estádios e a utilização em banheiros. Obras como essas são estruturadoras, caras e demoradas podendo ser comprometidas por questões políticas, principalmente em anos eleitorais.

Um documento muito interessante de se ler é o “Green Goal Legacy Report”, que é um reporte dos impactos ambientais ocorridos na Copa da Alemanha, quando o meio ambiente entrou no programa do evento pela primeira vez. A premissa, ou o “green goal” era que todos os efeitos adversos no meio ambiente associados à organização da Copa do Mundo deveriam ser reduzidos ao máximo possível.


Uma série de metas foram estabelecidas nos pontos mais importantes, principalmente transporte, consumo de água e energia e mudanças climáticas. O Green Goal Legacy Report se focou, basicamente, nos impactos gerados no evento, como a redução de consumo de água nos estádios, por exemplo. No entanto, sabemos que uma torneira aberta por um turista no banheiro do seu quarto do hotel também é um impacto causado pela Copa naquela região.


E é ai onde a COPA de 2014 no Brasil poderá fazer a diferença: uma COPA focada na sustentabilidade. Ao contrário da Alemanha que sediou a COPA de 2006, o Brasil ainda é iniciante em infra-estrutura e desenvolvimento sustentável e apesar de todos os percalços políticos causados pelo processo gerados pelas obras de grande porte, existe a possibilidade de se ter sucesso na organização do evento.


Problemas estruturais à parte devemos nos concentrar nos ganhos que o país terá em sediar uma copa do mundo. Não só no que se refere à turismo, infra-estrutura e mobilidade urbana, Falo do legado de conhecimento, de know-how e de mudança de postura, tanto dos cidadãos quanto das empresas, estejam elas envolvidas com a Copa ou não.

sexta-feira, julho 15, 2011

Problemática dos saquinhos no Cinema 3D

Fonte: Djalma Junior


Mês de Julho, Férias e a garotada invade as áreas de lazer dos shoppings centers das grandes cidades. Um dos prohgramas favoritos são as salas de cinema. Hoje as salas 3D vem fazendo o maior sucesso entre os fãs da sétima arte de todas as idades. O que isso tem haver com o meio ambiente? TUDO!!!
As salas 3D utilizam óculos para visualização que veem com um plástico com instruções de uso. Ao final das exibições há um funcionário para recolher os óculos utilizados. Porém não há ninguém que recolha sacos plásticos. A destinação desses resíduos fica a mercê do bom senso dos expectadores. Há uns que guardam em suas bolsas para jogar em alguma lixeira, outros simplesmente deixam na sala. Mas a pergunta é: Qual a responsabilidade das empresas de cinema com o meio ambiente.
Fazendo alguns cálculos básicos concluimos que no Grande Recife há sete salas de cinema 3D, três no Shopping Recife, duas no Tacaruna, uma no Plaza e uma no Guararapes. Em cada sala, em média, são 250 poltronas. Em um dia de cinco sessões lotadas, serão 1.250 saquinhos por sala. Se igualmente todas as salas preencherem as poltronas e exibirem cinco vezes o mesmo filme, serão nada mais, nada menos que 8.750 num único dia de exibição.
Seguindo o princípio da lógica reversa o responsável pelos residuos é quem o gerou. Mas podemos fazer a nossa parte devolvendo os óculos junto com o saquinho ao funcionário do cinema.
Atitudes como essa podem e muito fazer a diferença na preservação do meio ambiente. Deve-se além de buscar alternativas, cobrar das empresas de cinema uma postura ambientalmente responsável como prezar por uma destinação adequada dos seus resíduos.

quinta-feira, julho 14, 2011

Descartáveis: Um problema nas Escolas Municipais de Jaboatão dos Guararapes

Fonte: Djalma Junior


Hoje vou falar de uma questão séria em nossas escolas: a geração de resíduos sólidos e a destinação inadequada dos mesmos. Em pesquisa feita na rede municipal de Jaboatão dos Guararapes, especificamente na Escola Municipal Dr. Maurício Martin de Albuquerque,que foi transformado num artigo científico que foi produzido por mim, a professora de educação infantil Amanda Tabosa e Welisson Henrique foi detectada uma geração exagerada de descartáveis(60%), pois a merenda escolar do município é terceirizada. Essa prática vem causando problemas ao meio ambiente pois não há um planejamento para gerenciamento desses resíduos. Não há um programa eficaz de coleta seletiva e programas de educação ambiental são feitos de forma pontual e de forma solta.
É necessário que haja redução desses resíduos incentivando os alunos a trazerem garrafas e copos reaproveitáveis, assim como implementar uma política séria de gestão de resíduos sólidos integrando a comunidade reduzindo impactos ambientais e gerando emprego e renda.
Jaboatão dos Guararapes hoje se encontra na contramão das políticas de sustentabilidade. Com a palavra o Prefeito Elias Gomes e a Secretaria de Meio Ambiente.
Logo colocarei aqui, na íntegra o artigo científico que foi um TCC do Curso de Sistemas de Gestão Ambiental do IFPE.





quarta-feira, julho 13, 2011

Programa Suape Sustentável

Por : Heitor Scalambrini Costa (hscosta@ufpe.br)

Professor da Universidade Federal de Pernambuco

Com grande pompa e manchetes nos jornais foi lançado no último dia 29 de junho o Programa Suape Sustentável. O governo estadual na tentativa de mostrar que trabalha em sintonia com os anseios da sociedade, e que tem um modelo de desenvolvimento sustentável para o Estado, anunciou um programa gerido por um fórum, que reúne o poder público, entidades da sociedade civil organizada e iniciativa privada, cujo objetivo é propor e executar ações sustentáveis conjuntas no complexo industrial portuário de Suape.


O conceito de sustentabilidade para este empreendimento significa para o atual governo, nada mais “do que um processo produtivo cada vez mais eficiente e com tecnologia avançada”, e que o “sacrifício ambiental é necessário, para que ocorra o crescimento econômico”. Uma lógica completamente desconectada com as exigências atuais, que exige que um empreendimento desta natureza conduza, além dos aspectos econômicos, a uma maior igualdade e justiça social, e a preservação ambiental. Também pouco se exerce da democracia participativa, pois ao se anunciar a participação de entidades da sociedade civil neste fórum gestor tripartite, nada é informado sobre quem são e quais critérios foram adotados para a escolha destas organizações.

Todavia, diferentemente do que é propagandeado, o que se constata da realidade destes municípios, identificados como “estratégicos”, é a falta de compromisso com as necessidades sociais de seus moradores como alimentação, habitação, vestuário, trabalho, saúde, educação, transporte, cultura, lazer, segurança. O caos urbano é uma evidência, com destaque aos problemas sociais crescentes como a violência, a insegurança, a exploração e crimes sexuais. Problemas de desrespeito as leis trabalhistas pelas empresas de Suape também são conhecidos e de conhecimento público.

Nos primeiros quatro anos do atual governo foi difundido com intensa propaganda e apoio incondicional da mídia pernambucana, a ilusão e a promessa de que o crescimento econômico via Suape, levaria a redução e até eliminação do quadro de pobreza vergonhosa e imoral. Contudo o que se destacou neste período foi o considerável passivo ambiental com o aumento dos conflitos provocados pela frouxidão dos órgãos estaduais responsáveis pelo controle, fiscalização ambiental, conservação e recuperação dos recursos naturais, tais como a Agência Pernambucana de Meio Ambiente – CPRH, e a paralisação da fiscalização e exoneração de servidores do IBAMA que atuavam junto ao complexo de Suape.

Lamentavelmente, em tempos mais recentes, o elogio fácil, a adesão por interesses pessoais e algumas vezes não republicanos, a ausência da crítica; inibiu completamente o debate necessário sobre que tipo de crescimento que esta ocorrendo no estado. Ao contrário do crescimento, que para constituir base de um desenvolvimento sustentável, tem de ser socialmente regulado, com o controle da população e com a redistribuição da riqueza.

Algumas pessoas e entidades foram cooptadas e trazidas para dentro do aparelho do Estado, e lá se neutralizaram se anestesiaram, se despolitizaram. O “oficialismo” tirou qualquer possibilidade de crítica e de reivindicação. Sindicalistas, militantes, ambientalistas tornaram-se assim, em muitos casos, funcionários do governo. Outros, por um erro de avaliação, acreditando na expectativa de uma mudança de postura no trato das questões ambientais, aprovaram a transformação da antiga Secretaria de Ciências, Tecnologia e Meio Ambiente-SECTMA em Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade-SEMAS, e apoiram como seu titular o ex-presidente estadual do Partido Verde, candidato a governador em 2010, Sergio Xavier. Deram um “cheque” em branco a um governo que durante os quatro anos do seu primeiro mandato em nenhum momento discutiu e aceitou, mesmo que parcialmente, as reivindicações e ponderações do movimento ambientalista. Esqueceram a lei proposta pelo governador e aprovada em abril de 2010 pela Assembléia Legislativa, que autorizou o desmatamento de 691 hectares de vegetação nativa (508 hectares de mangue, 17 de mata atlântica e 166 de restinga) em Suape.

Agora chegou o Programa Suape Sustentável, com muita propaganda e marketing, seguido de declarações otimistas de quem está dentro e acha que faz o máximo, tentando passar a sensação de realmente estar mudando, transformando o Estado, começando a virada, criando as condições para um desenvolvimento sustentável. Assim, só é otimista quem precisa por dever de ofício animar o auditório.

Resta aos iludidos, para aqueles que não aceitam mais trocar “o seis por meia dúzia”, nem aceitam o falso discurso da novidade e dos novos caminhos, o fortalecimento dos movimentos sociais, da sociedade civil, pois só assim poderemos nos mobilizar e garantir a elevação da qualidade de vida dos pernambucanos.

terça-feira, julho 12, 2011

Coleta Seletiva como Estratégia de Educação Ambiental

Fonte: Djalma Junior

A produção de resíduos sólidos vem fazendo parte do cotidiano do ser humano nos últimos anos. Percebe-se que a grande expansão populacional, onde grande parte dela se desloca para os centros urbanos alterando a dinâmica da ocupação dos solos e o consumo baseado em padrões insustentáveis vem fazendo com que os problemas causados pelos resíduos gerados sejam mais perceptíveis. Sendo assim, esses resíduos, considerados em outras situações como rejeitos, precisam ter um manejo e destinação adequados.

A primeira experiência de coleta seletiva no Brasil ocorreu em 1985, em Niterói (RJ), em São Francisco, bairro residencial e de classe média.Atualmente, menos de 10% dos municípios brasileiros desenvolvem programas de coleta seletiva segundo dados do IBGE e da CEMPRE. Concentrados nas regiões Sul e Sudeste, a maioria desses programas tem abrangência territorial limitada e desvia dos aterros sanitários um volume de materiais recicláveis crescente, porém pouco significativo, se comparado aos volumes desviados pelos catadores avulsos.

A coleta seletiva além de sua importância para a sustentabilidade do planeta vem dando um caráter de inclusão social e geração de emprego e renda aos setores mais excluídos de nossa sociedade aquecendo a economia e aumentando a formalidade de empreendimentos através de cooperativas.

Dentre as vantagens da coleta seletiva estão a redução dos níveis de poluição ambiental que ocasionam doenças, economia de recursos naturais e o aumento do tempo de vida útil dos aterros sanitários.

A coleta seletiva é uma metodologia que tem por objetivo minimizar o desperdício de matéria-prima e a reciclagem a forma mais racional de gerir os resíduos sólidos urbanos.Dessa forma, a reciclagem, na sua essência, é uma maneira de educar e fortalecer nas pessoas o vínculo afetivo com o meio ambiente, despertando o sentimento do poder de cada um para modificar o meio em que vivem.


sábado, julho 09, 2011

Nasce um novo jeito de se fazer política


Fonte: Djalma Junior

Antes de termos uma crise ambiental no mundo temos uma crise de valores. Um modelo de desenvolvimento voltado para o consumo exacerbado vem causando uma exaustão dos recursos naturais e as mudanças climáticas são a prova de que o meio ambiente vem sofrendo impactos significativos e o modelo capitalista vigente vem sendo colocado em xeque.
Por outro lado, percebe-se que desde a eco-92 a discussão ambientalista vem ocupando espaço privilegiado nos meios de comunicação e na agenda política mundial e brasileira. A prova viva disso foi a expressiva votação da ex-senadora Marina Silva do PV que conseguiu agregar segmentos que defendem a causa ambientalista trazendo para a discussão programática a temática ambiental e conseguindo uma votação expressiva de quase 20 milhões de votos.
Isso mostra que no Brasil começa a se identificar uma crise no sistema político pela forma arcaica que os partidos políticos agem. O próprio ex-presidente FHC disse que os partidos não atendem mais aos anseios da população.
O código florestal é a prova viva dessa constatação onde o mesmo foi aprovado não pelo vontade popular, mas pelo interesse de poucos, porque pesquisas mostram que 80% da população é contra o código florestal.
Essa crise política é nacional e pede um novo jeito de se fazer política. A linguagem baseada no discurso socialista está defasada e não atraia mais a juventude. Já o discurso neoliberal fracassou. Mas parece que surge uma nova linguagem estruturada nas redes sociais e baseada numa temática de complexidade ambientalista que busca revolução do pensamento, buscando a construção de uma nova ética de uma política que represente idéias e lutas e os anseios da sociedade. O eleitor está mais bem informado e o nível de exigência dos mesmos na hora de escolher seus representantes aumentou bastante.
Esse é um momento único para a sociedade onde poderemos formar um movimento composto por todas as matizes de pensamento, onde não há um líder centralizador de poder onde o diálogo em busca da sustentabilidade será o mote de todo esse processo político renovador.

quinta-feira, julho 07, 2011

BOLSA VERDE: VIDA EM RISCO POR R$300,00.

O Bolsa Verde, programa de transferência de rende que irá destinar R$ 300,00 a famílias carentes que prestarem serviços ambientais, ações de conservação em florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável tem sido um dos pontos discutidos pela Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira que alerta para o papel da biodiversidade na erradicação da pobreza.
Existe um programa parecido em Minas Gerais onde produtores rurais são pagos para promoverem a conservação e também para os que desejam recuperar áreas desmatadas.
O programa do governo possui um modelo diferente onde serão beneficiadas famílias carentes que moram em áreas de conservação. Essas áreas devem ser federais, mas o programa será expandido para outras áreas de conservação. Um fato interessante do programa é que ele faz parte do Brasil sem Miséria, programa do governa que objetiva retirar 16,2 milhões de brasileiros da miséria.
O pagamento do Bolsa Verde será feito com o cartão do Bolsa Família. O Programa Brasil sem Miséria ainda prevê a capacitação e o treinamento de 1,7 milhão de pessoas entre 18 e 65 anos até 2015. Porém ainda não está definido se as pessoas que serão contempladas com o Bolsa Verde serão capacitadas para realizar serviços ambientais.
Dentre os fatores negativos temos o valor irrisório da bolsa além dessas pessoas terem que lidar diretamente com grileiros e madeireiros. O clima nessas regiões é bastante violento e vários extrativistas foram mortos por defender as unidades de conservação e se recusarem a sair do local. Temos o trágico quantitativo de 5 pessoas mortas em apenas duas semanas do mês de junho.
O Bolsa Verde parece um bom programa de transferência de renda e de apoio a famílias que irão prestar serviços ambientais, mas se não tiver toda uma fiscalização das áreas de conservação, capacitação e proteção das mesmas que irão fazer denúncias contra grileiros e madeireiros, estaremos apenas colocando em risco a vida dessas pessoas.

Fonte: Djalma Junior

quarta-feira, julho 06, 2011

Estudo georreferenciado comprova a degradação ambiental no Litoral Norte de Pernambuco

Amanhã (7), às 14h30, será apresentado no Centro Integrado de Estudos Georreferenciados para a Pesquisa Social Mário Lacerda de Melo (CIEG), da Diretoria de Pesquisas Sociais da Fundaj, os resultados do estudo intitulado Mapeamento Ambiental e de Uso do Solo das Áreas Estuarinas do Canal de Santa Cruz e do Rio Goiana (PE-PB), realizado pelo pesquisador Neison Freire, da Coordenação Geral de Estudos Ambientais e da Amazônia (CGEA). O estudo é parte integrante da pesquisa "Dinâmicas Ecológicas em Ambientes Estuarinos", coordenada pelo pesquisador Tarcísio Quinamo e integrada por vários pesquisadores, estagiários e bolsistas da Dipes.

Utilizando Tecnologias da Geoinformação e imagens de satélite dos seis municípios estudados (PE: Goiana, Ilha de Itamaracá, Itapissuma e Igarassú; PB: Pitimbu e Caapora), a pesquisa concluiu que no período de 1988 a 2009 houve significativas mudanças no uso e ocupação do solo na área com graves repercussões sócio-ambientais.As principais mudanças ocorreram nas áreas de mangue (que são protegidas por lei federal) e de mata nativa. Entre 1988 e 2006 comprovou-se a diminuição de 35,32% de área de mangue (cerca de 40 km² ) e de 52,35% (cerca de 152 km² ) de mata nativa. Por outro lado, houve, no mesmo período, um aumento de 18,48% nas áreas de cultivo de cana-de-açúcar e de 49,05% nas áreas urbano-industriais. Neste aspecto, vale salientar que o mangue perdeu área principalmente para a cana-de-açúcar (31,72 km² ) e urbano-industrial (24,04 km² ). Também as áreas de mata nativa perderam espaço principalmente para a cana-de-açúcar (144,42 km²).Um banco de dados geográfico com cerca de 100 Gb foi criado a partir deste estudo, utilizando as instalações do CIEG em Apipucos. Par o processamento das imagens foi adotado um software livre, baseado no Spring, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Várias cartas e mapas foram executados e irão compor um estudo importante para subsidiar as ações de políticas públicas ambientais na área de estudo.

Fonte: Blog da Folha

terça-feira, julho 05, 2011

Lixo Urbano: Responsabilidade de todos


A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - define “lixo” ou “resíduos sólidos” como sendo “ restos das atividades humanas, consideradas pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido ou liquido, desde que não seja passível de tratamento convencional”.
Analisando com profundidade essa definição podemos perceber que existe uma grupo grande de produtos que não nos são úteis após um certo tempo. São eles: o plástico, metal, papel, vidro, etc.
Observando os cantos da cidade onde moro(Jaboatão dos Guararapes), percebo que nós seres humanos temos no inconsciente o hábito de não ligar para o lixo que jogamos, pois alguém que tem interesse direto no mesmo irá recolher ou tratá-lo.
O lixo também pode gerar chorume e contaminar a água e o solo. Ainda pode servir de abrigo e alimento para animais e insetos que são vetores de doenças. As mais comuns são a leptospirose, peste bubônica e tifo murino, causadas pelos ratos, além de febre tifóide e cólera causada por baratas, malária, febre amarela, dengue, leishmaniose e elefantíase, transmitidas por moscas, mosquitos e pernilongos. Doenças graves que, dificilmente imaginaríamos que viriam de atitude que por ventura, pode ter sido cometido por nós mesmos ou por parentes e/ou amigos.
A falta de políticas públicas por parte dos municípios também impede que possamos avançar nesse tema. Com a regulamentação da Política Nacional de Resíduos os municípios serão obrigados a gerir seus resíduos a partir da coleta seletiva e as empresas deverão implementar ações de logística reversa, ou seja, terão que aceitar do consumidor os resíduos gerados pelos produtos que vendeu. Terão a partir de agora responsabilidade pela destinação desses resíduos.
Também teremos que até 2014 eliminar os lixões buscando a construção de aterros sanitários onde os resíduos são compactados, o chorume tratado e os gases provenientes da decomposição, principalmente o Metano, são coletados.
De nada adiantará a implementação de políticas se não houver um trabalho de sensibilização das pessoas para a mudança de valores buscando a redução do consumo, o reaproveitamento e a reciclagem dos materiais. Ações na área de educação ambiental formal e informal são fundamentais para o sucesso de campanhas e para que a nossa cidade possa ter um aspecto mais agradável, pois a responsabilidade é de todos nós.

Temos ai mais dados interessantes sobre os resíduos sólidos urbanos:

Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), entre lixo domiciliar e comercial, são produzidas por dia 2 milhões de toneladas, o que equivale a 700 g/hab dia. Em Nova York, porém, são gerados 3 kg de lixo/hab dia, enquanto em São Paulo esse número chega a 1,5 kg/hab dia (IBGE, 2000).
. O Brasil concentra 3% da população mundial, produz de 125 a 130 mil toneladas/dia de lixo, resultando em 45 milhões de toneladas por ano e é responsável por 6,5% da produção de lixo no mundo.

Fonte: Djalma Junior

domingo, julho 03, 2011

O que faz um Perito Ambiental?

Fonte: Djalma Junior

Perícia é o exame realizado por profissional especialista, legalmente habilitado, destinada a verificar ou esclarecer determinado fato, apurar as causas motivadoras do mesmo, ou o estado, a alegação de direitos ou a estimação da coisa que é objeto de litígio ou processo.

A perícia é uma análise técnica do caso irá trazer à luz a veracidade de fatos ou circunstâncias. É um exame que exige conhecimentos técnicos, científicos ou artísticos a fim de comprovar a veracidade de certo fato ou circunstância. Para sua realização, há necessidade de um profissional especialista na área em questão para o esclarecimento de fatos técnicos.

O perito é um profissional encarregado por esses esclarecimento técnicos. Ele tem uma série de passos a seguir para realizar uma perícia bem feita.Primeiramente, deve ser chamado pelo juiz, aceitar, e começar seu trabalho.Deve tomar conhecimento do conteúdo da Lide, ir in loco para averiguações dos fatos e responder aos quesitos do juiz para, finalmente elaborar um Laudo Pericial.


Ministra do Meio Ambiente pede a senadores que retire emenda do Código Florestal


Redação Época, com Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, criticou, na última quinta-feira (30), o texto da Emenda 164, incorporada ao projeto de lei do novo Código Florestal durante a tramitação na Câmara dos Deputados. Ela disse que o texto dá abertura para novos desmatamentos, e pediu aos senadores que não o aprovem e retirem-no do Código.

“Se lermos o texto [da emenda], ele sinaliza a abertura para novos desmatamentos”, disse. “É possível ter supressão de vegetação, o texto do código prevê isso. Mas não concordo e acho inaceitável que existam propriedade licenciadas produzindo e que pratiquem desmatamento ilegal”, afirmou a ministra.

Izabella afirmou ainda que a discussão em torno do novo código não deve ficar restrita ao conflito entre ambientalistas e agricultores. A Emenda 164 permite a consolidação de plantações e pastos em áreas de preservação permanente (APPs) e em reservas legais feitas até junho de 2008, até que o governo estabeleça o que não poderá ser mantido nessas áreas. O dispositivo também prevê que os estados poderão legislar sobre políticas ambientais, juntamente com a União.

Diferente de quando entrou em discussão na Câmara, o novo Código Florestal percorreu tranquilamente a pauta do Senado. Em tom de cordialidade, os senadores debateram o texto e, em cerca de cinco horas a ministra Izabella Teixeira respondeu a todas as perguntas feitas pelos senadores.

A ministra disse que nenhum país pode renunciar o desenvolvimento, contudo, o desenvolvimento deve ser construído com sustentabilidade. “Podemos fazer uso das nossas áreas protegidas dentro de uma visão de turismo sustentável. Mas temos que colocar essa discussão em outro patamar. Discutir como visão estratégica, como evitar queimadas, por exemplo.”


Izabella Teixeira ressaltou a importância da área ambiental para o país e enfatizou que os ambientalistas não são contra o desenvolvimento. “Temos que fazer do Código Florestal uma legislação moderna sem conflito. Temos que acabar com essa falsa dicotomia [de ambientalista contra agricultores] e não podemos perder mais tempo com isso”, afirmou.

Relator da matéria na Comissão de Agricultura, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), disse que o Senado deve aprimorar o texto levando em conta o que foi aprovado pelos deputados. “Nosso papel eve ser o de aprimorar o texto que veio da Câmara naqueles objetivos traçado pela ministra. Não deixar lacunas para interpretações, dúvidas, e dar à nação uma lei clara e objetiva. Construir um texto que não possa ser atacado no Judiciário.”