segunda-feira, janeiro 30, 2012

CTR CANDEIAS: IMPORTÂNCIA NO TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Sábado(28/01) em uma visita técnica pelo curso de Pós-Graduação em Gestão Ambiental estive no Aterro Sanitário - CTR -CANDEIAS localizado em Muribeca-Jaboatão dos Guararapes onde podemos ver in loco todo o processo de tratamento de resíduos não-perigosos.
Além de um Aterro Sanitário e industrial a CTR CANDEIAS possui estação de tratamento do CHORUME( líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos.), reciclagem de entulhos, laboratório, centro de educação ambiental, viveiro de mudas, monitamento ambiental e social da área do projeto, e em médio prazo, a geração de energia limpa a partir do biogás METANO, com geração e venda de créditos de carbono.
O trabalho sócio-ambiental é feito pela empresa em parceria com asssociações de agentes ambientais gerando emprego e renda e dando cidadania à essas pessoas. Crianças e adolescentes também passam por um trabalho de sensibilização através de aulas de educação ambiental.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos sancionada em 2011, estabele que o país acabe com os lixões até 2014. É importante a construção de aterros sanitários desse porte, porém mais importante ainda é o investimento na coleta seletiva de lixo para a redução de quantidade de resíduos, pois os aterros possuem um tempo de vida útil de, em média, 15 anos.
Educação Ambiental é fundamental para termos uma sociedade mais sustentável em termos de resíduos sólidos.

AFINAL, O QUE É MODA SUSTENTÁVEL?


Nos últimos anos, desde a ECO-92(Conferência das nações unidas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento), a quantidade de informação produzida nos meios de comunicação sobre meio ambiente tem aumentando exponencialmente. O objetivo dessa conferência era encontrar meios de conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação da biodiversidade da terra. Responsabilidade sócio-ambiental virou a tônica dessa nova sociedade de consumo.

Em se tratando de moda 450 milhões de peças de camisetas são produzidas por ano. De acordo com estudo do IISD (Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável), para confeccionar uma camiseta de 250 gramas, na China, utiliza-se, em média, 160 gramas de agrotóxicos. Uma pesquisa do Departamento Agrícola dos Estados Unidos aponta ainda que cerca de um terço dos pesticidas e fertilizantes produzidos no mundo são pulverizados sobre o algodão.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 25% dos inseticidas produzidos mundialmente são utilizados na plantação do algodão e quase metade deles são extremamente tóxicos. O Aldicarbe (ou Temik 150) é, por exemplo, o segundo pesticida mais utilizado na produção de algodão mundial e apenas uma gota dele, absorvida pela pele, é suficiente para matar um adulto. Pesquisas afirmam que o algodão entre os produtos que precisam de controle ambiental. Isso levou a alguns astros como Jason Mraz se apresentarem em eventos importantes como Grammy usando terno de plástico reciclável. Dentro desse contexto levante o seguinte questionamento: o que é moda sustentável? Essa pergunta seria respondida com mais propriedade se tivéssemos profissionais que não costumam estar na linha de frente do mundo da moda como engenheiros da área têxtil com embasamento em estudos de impacto ambiental.

A roupa genuinamente orgânica só será produzida com um preço acessível quando profissionais da área da moda como estilistas, designers trabalharem em conjunto com profissionais da área de gestão ambiental. Dificuldades existem, pois, para ser qualificado como orgânico, o algodão ou lã precisam passar por inspeções e processos sofisticados para não serem tocados por produtos químicos e substâncias tóxicas. Mas a indústria têxtil mundial encontra grande dificuldade para definir os padrões de qualidade mínimos necessários à criação de um produto realmente orgânico e sustentável.

No Brasil, diversos produtores da Paraíba já trabalham com a IFOAM (International Federation of Organic Agriculture Movements) para atender à legislação referente a produtos orgânicos da Comunidade Européia e dos Estados Unidos. Em 2007, cerca de 7.500 hectares nos Estados Unidos foram dedicados à safra de algodão orgânico. E programas como o “North American Organic Fiber Processing Standards” já estão se popularizando junto à indústria da moda.

Além da indústria têxtil o campo a moda está se mobilizando. Em fevereiro de 2010, na Fashion Week de Londres, a exposição “Estethica” foi dedicada à moda ecologicamente sustentável. Em março de 2010, o Fashion Institute of Technology em Nova York, uniu forças com a Universidade de Delaware e com a escola de design Parsons para montar uma exposição de moda sustentável, intitulada “Passion for Sustainable Fashion”, na qual os estudantes criaram roupas com matérias de origem ética e matérias-primas ecologicamente neutras.

Outra alternativa é a Upcycling que é processo de transformar resíduos ou produtos inúteis e descartáveis em novos materiais ou produtos de maior valor, uso ou qualidade. O terno de Jason Mraz é um grande exemplo. A grande dificuldade é fazer a Upcycling em escala comercial.

É imperativo que possamos repensar nossas práticas de consumo e nos conscientizar de que sustentabilidade não se trata de modismo e sim de algo sério e que deva ser abordado de forma coerente e educativa.

José Carlos Campos fala de Ações da Gestão Elias Gomes na área de Saneamento Integrado


Prezado Djalma , tive oportunidade de ler sua postagem pertinente no blog do Roberto a respeito da proposta de saneamento integrado onde foi executado experiência de sucesso no Mangueira e Mustardinha em Recife. Informo que fui gestor da Unidade local do PAT Pró-Sanear e elaboramos um PSI- projeto de saneamento integrado p/ a comuidade de Nova Divineia como também um PDLI - Plano Local de Desenvolvimento Integrado p/ a mesma localidade , todo projeto e sistema e adequadro p/ inplantação em comunidades de baixa do nosso município. Um abraço ! José Carlos Campos .

sexta-feira, janeiro 27, 2012

O QUE SIGNIFICA SELO VERDE





O selo verde representa um elo entre o fabricante e o consumidor. Serve como identificação para produtos que causam menos impacto ao meio ambiente. O selo é um parâmetro informativo para produtos que estão dentro das especificações ambientais.

O selo verde surgiu a partir de governos e Organizações Não-Governamentais (ONGs), principalmente as da Europa. A partir dessa ação passa-se a ter um conjunto de normas para proteger florestas tropicais a partir de acordos internacionais.

Um dos selos mais conhecidos no mundo é o FSC( Forset Stewardship Council), que é um selo de madeira e produtos derivados, como móveis e estruturas da construção civil. As madeiras advindas de madeireiras que possuem esse selo verde devem apenas comercializar produtos que foram retirados da floresta de forma sustentável e que estejam dentro de um plano de manejo reconhecido por organismos reconhecidos internacionalmente.

No Brasil existem aproximadamente 600 selos verdes ou com particularidades de sustentabilidade, onde grande parte é adicionada pelas próprias empresas sem uma auditoria ou análise isenta.

Esses selos que são autodeclarados geram dúvidas nos procedimentos e critérios estabelecidos, deixando no ar a dúvida sobre a qualidade dos produtos e serviços verdes.

Não há no Brasil um órgão responsável pelo endosso das certificações que existem no mercado, deixando o consumidor sem a certeza de que determinada empresa está agindo com responsabilidade ambiental na produção de seus produtos.

Com a crescente conscientização da população em relação às questões ambientais, a sociedade passa a cobrar mais das empresas um compromisso maior com o meio ambiente exigindo os selos verdes. Mas para que possamos ter maiores resultados, é necessário que o estado possa criar um selo único que atenda as normas ambientais e que passe confiabilidade ao consumidor tendo certeza da procedência do produto.

terça-feira, janeiro 24, 2012

Entrevista com pré-candidatos sobre Meio Ambiente começa hoje.

O Blog Conexão Meio Ambiente em parceria com o Blog do Roberto começam a fazer algumas perguntas aos pré-candidatos à prefeitura de Jaboatão dos Guararapes sobre o tema meio ambiente. O primeiro será o pré-candidato do PTB Luiz Carlos Matos.


1 – Conexão Meio Ambiente/Blog do Roberto: Gostaria que o pré-candidato primeiramente se apresentasse falando um pouco de sua formação acadêmica e política.

Formado em Geologia, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), especializei-me, inicialmente, em Hidrogeologia (Estudo das Águas Subterrâneas). Exerci, durante 15 anos, função de chefia no Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Pernambuco (DER-PE), prestei consultoria na área de Geologia de Engenharia em diversas empresas privadas e públicas. Atualmente, coordeno projeto de implantação de um Distrito Industrial, à frente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Ipojuca. Presidi a Associação de Geólogos de Pernambuco (AGP).
Na área da política, posso dizer que toda minha carreira foi desenvolvida em Jaboatão, onde fui Vice-Prefeito e presidente de Câmara Municipal. Atualmente, sou presidente do PTB local.

2 –
Conexão Meio Ambiente/Blog do Roberto: Como o senhor vê o cenário político em Jaboatão atualmente?
A estabilidade econômica e os bons momentos vividos pelo Estado de Pernambuco favoreceram a discussão política nos nossos municípios. Isso é válido para Jaboatão dos Guararapes. O cenário é promissor para as discussões a respeito dos temas de interesse da população, que na verdade, é o que importa para a sociedade.

3 –
Conexão Meio Ambiente/Blog do Roberto: Segundo o Instituto Trata Brasil, apenas 8% do esgoto de Jaboatão é coletado e tratado. Quais suas propostas para o saneamento básico no município?
Quando falamos de saneamento básico, devemos entender que não estamos abordando apenas esgotamento sanitário. O tema é mais complexo e também envolve os serviços de abastecimento d’água, drenagem, limpeza urbana. Não é necessário muito esforço para perceber a carência da população jaboatonense destes serviços. Sem dúvida, um tema que merecerá toda a atenção do próximo governante.
Atualmente, a Compesa desenvolve um processo de parceria público-privada, que objetiva a implantação de sistema de esgoto sanitário na RMR, incluindo Jaboatão. Propõe-se, num futuro governo do PTB, a efetiva participação do município nas discussões sobre prioridade de áreas, soluções técnicas, aspectos ambientais resultado em obras eficientes que serão frutos de uma estreita relação de trabalho e cooperação entre o poder municipal e a Companhia Pernambucana de Saneamento.
Projetos alternativos, já existentes de forma bastante positiva em outros municípios, também serão desenvolvidos para que possamos alcançar resultados significativos para Jaboatão de uma forma mais democrática, ampla e geral.

4 –
Conexão Meio Ambiente/Blog do Roberto: O governo Elias Gomes transformou a secretaria de meio ambiente em secretaria executiva sem poderes e sem nenhuma estrutura para implantação de políticas públicas. Quais os seus planos para essa secretaria?

Na prática, a Secretaria Executiva de Meio Ambiente é apenas mais uma entre as 33, existentes no organograma municipal, (23 secretarias executivas e 10 de primeiro escalão) que formam uma estrutura basicamente voltada para atender interesses político-partidários. Essa atitude demonstra pouco interesse por um assunto que considero extremamente importante e que está em pauta no mundo inteiro.
A proposta do PTB é ter uma máquina eficiente diretamente ligada ao Prefeito. Com minha formação técnica e experiência adquirida no Poder Legislativo (criei a Comissão Técnica de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), proporei, junto ao partido, a criação de uma Secretaria de Meio Ambiente dotada de recursos financeiros e humanos compatíveis com a importância do município. Estamos estudando a possibilidade de criação da Companhia Municipal de Meio Ambiente, empresa responsável por licenciamentos ambientais inerentes à cidade.

Por que a esquerda brasileira não tem mais interesse pelo Fórum Social Mundial?


A partir do instante que o PT e a esquerda brasileira assumiu o poder houve um certo abandono dos líderes por esse evento de grande importância na discussão dos problemas, sociais, econômicos e ambientais de nosso país. O fórum será discutido nas cidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo(que são cidades muito próximas umas das outras). O ex-presidente Lula chegou a ir a algumas edições mas o desinteresse pelo fórum hoje é total.
A marcha de abertura, na capital gaúcha, deve reunir cerca de cinco mil pessoas, segundo previsão dos organizadores, mas não há ninguém de expressão de Pernambuco no evento. Espera-se a participação da presidente Dilma Rousseff e sete ministros de estado no encontro “Diálogos Entre Sociedade Civil e Governos”, marcado para a noite de quinta-feira no Ginásio Gigantinho.
Parece que tudo mudou e o que mais interessa à esquerda são as reuniões do fórum econômico em Davos. Reuniões com megainvestidores e especuladores parecem serem amis importantes do que a discussão com os setores organizados da sociedade.

Locomova-se para a cidadania


Enquanto nossas preocupações são em não atrasar o pagamento de contas, pegar grandes engarrafamentos ou enfrentar mais um dia de trabalho, existem pessoas que enfrentam problemas muito mais graves, além dos que já foram citados.
Para os cadeirantes, as cidades oferecem grandes obstáculos cotidianos: calçadas esburacadas, muitas escadas, meios de transportes não adaptados. Entretanto, apesar das dificuldades, muitos cadeirantes não se entregam aos obstáculos urbanos e sociais. São pessoas que enxergam através do problema, vão além, buscando seus direitos, entre eles, o de ser feliz.
O direito de ir e vir é de todo cidadão, portanto, acessibilidade não é um favor. Pessoas com algum tipo de deficiência não querem ser tratadas como ‘coitados’ ou ‘incapazes’.
É hora de encararmos a acessibilidade de uma nova forma, como uma melhoria para a mobilidade de toda a sociedade. E em especial, Jaboatão dos Guararapes precisa avançar nessa direção. Ruas estão sendo calçadas porém sem nenhuma visão de acessibilidade. Cadeirantes, deficientes auditivos e visuais precisam ter espaços para se deslocar com dignidade.
As pessoas "normais" não são respeitadas, senso jogadas para as ruas pelos camelôs e as calçadas praticamente não existem mais. Como as pessoas com deficiência irão se inserir em espaços acessíveis? É um desafio que só se resolve com vontade política e respeito às minorias. Coisa que até agora Jaboatão não priorizou.

domingo, janeiro 22, 2012

SANEAMENTO INTEGRADO: UMA SOLUÇÃO PARA JABOATÃO DOS GUARARAPES

Em tempos de inaugurações de pavimentações pelo prefeito Elias Gomes irei aqui propor soluções mais estruturadoras para esse município que sofre com a falta de saneamento.
O saneamento Integrado representa uma alternativa para um novo ordenamento para o saneamento da Cidade sendo composto por ações intersetoriais que visam dotar o ambiente urbano das condições adequadas para uma vida saudável. Integram essas ações intervenções de abastecimento de água, esgotamento sanitário, pavimentação, drenagem, melhoria/implantação de instalações hidrossanitárias, intervenções urbanísticas, educação sanitária/ambiental, coleta/destinação do lixo,controle de vetores/doenças e permanente operação/manutenção dos sistemas.
Ações exitosas como as da cidade do Recife nos bairros da Mustardinha e Mangueira mostram que é possível criar um modelo de sucesso na área de saneamento não apenas baseado na pavimentação de ruas.
Agora eu pergunto: como o município de Jaboatão dos Guararapes que reconhece que seu maior problema é o saneamento básico e quer resolvê-lo não possui uma secretaria de saneamento que tenha recursos suficientes para resolver essa problemática?
O prefeito deve saber que estamos aqui não só apenas para criticar, mas para propor soluções para o município. Por que não criar um fórum municipal de saneamento básico e a partir daí uma secretaria especial de meio ambiente onde houvesse uma interação com as secretarias de meio ambiente e saúde?
São sugestões que se essa prefeitura que ai se encontra não possui assessores capacitados precisam assimiliar.
Ações como a criação de uma autarquia municipal de saneamento, de um fundo municipal, além de uma gestão compartilhada com a compesa também são soluções oportunas.

O blog do Roberto junto com a o Conexão Meio Ambiente são instrumentos para construção da cidadania. Todos estão convidados a participar. Ninguém será excluído dessa construção.

Restaurantes Ecológicos viram moda em Londres

Tradução: Paulo Migliacci



À primeira vista, o Duke of Cambridge, com seu bar elegante, seu piso de madeira maciça e seu teto azul escuro, se parece muito com os demais "pubs gastronômicos" de Londres. Mas a lousa que serve de cardápio, em lugar de conter marcas de cerveja como é comum nos pubs, traz uma lista do código ético do estabelecimento, que inclui a promessa de que 80% de seus produtos frescos vêm da região adjacente à cidade. E em lugar de um cardápio impresso, os fregueses encontram nas mesas um panfleto com mais duas páginas de fatos ecológicos sobre o primeiro pub orgânico certificado do Reino Unido.
"No começo, eu mantive a discrição sobre o lado ecológico de meu negócio", disse Geetie Singh, cujo pub, fundado em 1989 em Islington, na zona norte de Londres, até dois anos atrás era o único da cidade com uma agenda ambiental estrita. "Tratava-se apenas da minha filosofia pessoal".
"Agora, todos os clientes querem saber de onde vem a carne, como os peixes foram apanhados e como funcionam nossas normas ecológicas. Fico feliz em lhes fornecer essas informações", diz.
Singh não é a única. Há toda uma safra de novos restaurantes ecológicos na cidade, dirigidos por chefs que desejam comunhão com a natureza mas sem limitar os clientes a comida vegan. Esses cozinheiros ecológicos - que se orgulham dos peixes, das carnes, dos vinhos e dos queijos fortes que servem - não estão apenas trabalhando para reduzir suas emissões de carbono via compra de produtos locais sempre que possível, mas também tentando expandir seus negócios ao ensinar aos clientes que a culinária verde não necessariamente requer sacrifícios ao palato.
"Meu primeiro trabalho é servir comida excelente", diz Singh, bem ao modo dos proprietários de pub.
Mas ao ler as muitas normas da casa - os peixes servidos têm aprovação ecológica, toda energia consumida é solar ou eólica, os animais são aproveitados por inteiro - eu fiquei imaginando se tanta rigidez não poderia estragar o prazo da refeição.
Bem, não demorei a mudar de idéia diante de uma salada de queijo feta e tomates e abóbora cozidos com pesto, seguida por uma tainha vermelha com feijão branco, chorizo e um cassoulet de mexilhões. O vinho branco produzido no condado de Kent, perto do restaurante, era surpreendentemente seco e de paladar aguçado, e eu de maneira alguma senti que estava sacrificando o sabor para salvar o planeta.
No Konstam, o restaurante que Oliver Rowe dirige em Prince Albert, descobrir que 85% dos alimentos servidos são produção local é uma tarefa complicada: a informação está impressa em letrinhas miúdas, ao fim do cardápio; no verso, o restaurante informa sobre a origem de muitos de seus ingredientes.
O restaurante é tão futurista em termos de design que dificilmente pareceria ecológico. Mas ele oferece uma cozinha aberta que permite aos clientes observar o pessoal em ação. "Quero que as pessoas comam bem e sejam bem atendidas, em um ambiente interessante", disse Rowe, cuja carreira decolou depois de uma passagem pelo Moro, um dos restaurantes mais famosos de Londres.
"Não quero ser chato com o que tento fazer aqui, mas quero convencer as pessoas a tentar comer mais alimentos locais e sazonais".
Como no Duke of Cambridge, o Daylesford Cafe, inaugurado em Pimlico em fevereiro, vende apenas alimentos 100% orgânicos certificados. Na hora do almoço, lotado de fregueses que dividem as mesas comuns de mármore branco, a casa se tornou um ponto de encontro para as pessoas endinheiradas da geração saúde londrina.
O lema da casa, "respeite e alimente a terra e ela o alimentará em retorno", parece estar dando resultado. A empresa já abriu novas unidades, de menor porte, em outros pontos de Londres, e opera em versões reduzidas dentro das lojas Selfridges e Harvey Nichols.
Os proprietários planejam inaugurar um novo restaurante de grande porte, em Notting Hill.
Mas são os dois mais novos integrantes da categoria dos restaurantes ecológicos que parecem atrair a maior atenção dos interessados no ambientalismo - o Acorn House e o Water House.
Classificado pelo jornal londrino Times como "o restaurante mais importante a ser inaugurado na cidade em 200 anos", o Acorn House, inaugurado cerca de dois anos atrás perto de Kings Cross, é construído parcialmente de material orgânico e reciclado.
Os proprietários, o chef Arthur Potts Dawson, que veio do River Cafe, e o sócio Jamie Grainger Smith, que ajudou Jamie Oliver a lançar o Fifteen, evitam o uso de transporte aéreo (produtos como salames vêm de Milão via trem ou via marítima). Eles compactam todo o lixo, adquirem produtos dos condados vizinhos e operam o restaurante com energia eólica. A água potável é purificada no local, e as caixinhas que ficam nas mesas não contêm fósforos, mas sementes de carvalho.
No Water House, inaugurado em fevereiro, os mesmos proprietários foram um passo além. Situado no Regent's Canal, o restaurante foi projetado para usar a água que os clientes contemplam ao comer. A casa emprega energia hidrelétrica, tecnologia de bombas acionadas por calor e energia solar para esquentar água na cozinha.
O Acorn House e o Water House receberam financiamento do Shoreditch Trust, um fundo assistencial que promove o uso de energia renovável e oferece treinamento profissional a jovens desempregados.
Dawson diz que a maneira pela qual seus restaurantes operam faz perfeito sentido financeiro, em momentos econômicos complicados como o atual. "Respeitar o ambiente equivale a ser frugal", ele diz, acrescentando que aprendeu, trabalhando com os irmãos Roux na França, que os restos de alimentos não devem ser jogados fora.
"Os restaurantes que sempre adquiriram os melhores produtos sazonais, de qualquer parte do mundo, não importa o preço, contando com o transporte aéreo, começarão a enfrentar problemas", acrescentou. "Mas nós podemos manter nossos preços baixos ao comprar comida boa, cultivada de forma sustentável e aproveitada por inteiro. O processo faz sentido".


sexta-feira, janeiro 20, 2012

Candidatos discutem pouco sobre meio ambiente


Ontem(19/01/12) houve mais uma edição do QUINTA NO BRAZ, evento realizado no Café São Braz no Shopping Guararapes, com a presença dos prefeituráveis João Fernando Coutinho do PSB, Robson Leite do PT, Fernando Rodovalho do PRTB, Adelson Veras do PT do B e Eliezer Costa do PPL. Um evento muito proveitoso do ponto de vista político, porém os candidatos mostraram ainda não terem claro propostas para a questão ambiental. Alguns com propostas genéricas ao respeito, outros com dificuldade de discutir o assunto. É necessário que haja uma discussão mais ampla sobre o tema com a sociedade civil e que os candidatos pesquisem mais sobre o tema. Pois ele será o fiel da balança nas próximas eleições.
Jaboatão respira ares de democracia e de participação popular. Pessoas de bem dessa cidade buscam resgatar o debate em torno de políticas públicas para que a sociedade não fique apenas na mesmice que desde os tempos de Geraldo Melo se coloca que são as pavimentações. Será que não é obrigação de qualquer gestor pavimentar as ruas da cidade ou isso é um favor que ele faz como algo extraordinário?

Eis a pergunta companheiros, que exige de nós muita reflexão. Como falou o presidente do PT Hamilton Alexandre na Quinta no Braz de ontem(19/01) Jaboatão não possui um projeto estruturador de médio e longo prazo onde possamos minimizar problemas crônicos em nossa sociedade como o saneamento básico, meio ambiente, educação e saúde.

Ações como a Quinta no Braz e outros que possam surgir servem para a construção desse projeto.

A oposição pode não existir na câmara, mas entre os pré-candidatos está sólida e irá se consolidar na busca de uma discussão sobre os problemas de Jaboatão. Fóruns permanentes de discussão sobre temas que afligem a nossa sociedade serão elencados mostrando ao povo que há um adversário comum a todos que é o nosso nobre Gestor Elias Gomes.

Esse movimento ganhará corpo e não será apenas de discussão. Ele ganhará as ruas pela mão do movimento estudantil, Movimento dos Sem-Teto, movimentos de cultura que estão à margem por conta de uma política baseada nos eventos de grande porte que não privilegia a cultura popular e por todos os cidadãos e cidadãs que queiram exercer sua cidadania. Por isso digo novamente: A câmara municipal de Jaboatão dos Guararapes precisa ser monitorada pela ação popular no acompanhamento das sessões mostrando que em Jaboatão existe sociedade civil organizada. O Quinta no Braz e a União por um Novo Jaboatão (Que é o bloco dos pré-candidatos que se opoem a atual gestão), dão o pontapé inicial para uma mudança de paradigma em nosso município.


Fonte: Djalma Junior - Blog Conexão Meio Ambiente





sexta-feira, janeiro 13, 2012

Cidades Sustentáveis - Por que Jaboatão não participa dessas parcerias?

Uma parceria entre o Porto Digital e a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade irá trabalhar a implementação de soluções tecnológicas dentro de um novo conceito que é o das cidades sustentáveis.
Existirá uma discussão sobre a questão do lixo eletrônico no estado onde, em Fevereiro, será apresentado no Seminário Internacional de Resíduos e Equipamentos Eletroeletrônicosque terá representantes da academia, governo e indústria. Segundo o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, na ocasião serão discutidos desafios e oportunidades para colocar em prática soluções sustentáveis.
A reunião que aconteceu na terça(10) contou também com a participação do Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) SérgioXavier.
A concepção das cidades inteligentes possui alta complexidade que envolve a gestão de resíduos em alta escalas, evitar desperdício de água e uso racional de energia, além da utilização de inteligência artificial para o gerenciamento de serviços urbanos e conserevação de espaços naturais.
Por que Jaboatão dos Guararapes, através da Secretaria de Meio Ambiente, não participa dessa parceria junto com os órgãos citados para discutir esse conceito que é muito pertinente hoje e implantar projetos para nossa cidade?
Para não ficar só na crítica estou sugerindo: Elaborem projetos, pois não se precisa de dinheiro para elaboração de projetos sustentáveis e sim competência. Depois, se não há verbas na secretaria, busquem captar recursos via Ministério do Meio Ambiente e Secretaria Estadual do Meio Ambiente e órgãos fomentadores.
O problema é que existem algumas secretarias na gestão Elias que, ficam apenas choramingando pela falta de verbas e quadros técnicos quando deve-se buscar parcerias para dar visibilidade à pasta. São os chorões da Gestão Elias Gomes, mas se quiserem Consultoria eu dou!!

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Quinta no Braz dá Show de Democracia

A iniciativa do blog do Roberto de se criar um espaço semanal de debates no Café São Braz deu certo. Nessa primeira edição de hoje(12/01) tivemos a presença de pessoas importantes da política e da imprensa Jaboatonense como o Companheiro Alexandre Albuquerque do DEM, Roberto Santos - Presidente Municipal do PV e editor do Blog do Roberto,Djalma Junior Editor do Blog Conexão Meio Ambiente, Paulo Rocha representando o Gazeta Nossa, Paulo Giló poeta e representante do pré-candidato do Psol Cesar Ramos e o pré-candidato a prefeito pelo PV André Lucena.
O debate foi muito produtivo e uma série de assuntos foram abordados como a atual conjuntura da política local, o papel do legislativo, a importância da educação ambiental, saneamento básico, avaliação sobre a importância do bolsa-família entre outros assuntos.
O que mais chamou atenção foi a adesão das pessoas a um chamado que foi feito de última hora, conseguindo agregar pessoas das mais diversas posições político-partidárias numa discussão programática dentro de parâmetros democráticos.
A quinta do Braz deu um show de democracia e provou que Jaboatão pode sim se transformar num grande centro de discussão de idéias sem baixar o nível do debate.
Parabéns a todos e que na próxima quinta-feira possamos ampliar esse grupo.

Quinta -feira No café São Braz terá muito debate ambiental

A partir de hoje(12/01) começa a Quinta no Braz que terá a presença dos pré-candiatos a prefeito de Jaboatão. Na pauta do conexão meio ambiente muitas perguntas sobre a temática ambiental estarão presentes. Questões como erosão marinha, programas de educação ambiental, saneamento básico e urbanismo serão muito debatidos com os pré-candidatos. Podem ter certeza que eles terão muito trabalho para responder como querem administrar Jaboatão sob uma ótica sustentável.

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Festival em Itamaracá será feita numa Área de Preservação Ambiental

Por Blog do Jamildo

Já está quase tudo pronto para o grande evento que promete levar mais de 10 mil pessoas para a Ilha de Itamaracá nos dias 14 e 21 de janeiro. Sol, mar e uma mega estrutura esperam pelos micareteiros no Itamaracá Fest 2012. Banda Eva e Cláudia Leite são duas das maiores atrações da festa. Porém, nem só de axé e bebidas uma festa se faz. A mega estrutura já está sendo armada, e, pasmem, numa área de preservação ambiental há menos de 50 metros do mar.

O local escolhido para receber o evento foi o Parque dos Coqueirais, nos arredores de um dos mais importantes pontos turísticos do Estado, o Forte Orange, há menos de 100 metros de onde, eventualmente, uma ou outra tartaruga marinha escolhe para desovar. Alguns metros mais adiante: o Instituto Peixe-boi. Quanto ao acesso, se dá por uma pequena estrada de mão dupla que já não suporta sequer o movimento habitual no período de veraneio. No caminho, um importante sítio histórico.

"Acho importante um evento como esse na Ilha, atrai pessoas e valoriza a cidade. Mas o ideal seria se acontecessem em áreas menos impactantes", se queixa o arquiteto Gustavo Costa.

Costa lembra ainda que caso a festa aconteça mesmo no local previsto, o Litoral Norte do Estado corre sérios riscos de seguir "o caminho equivocado do Litoral Sul", já diagnosticado e revisto pelo poder público. Para o arquiteto, que reconhece alguns avanços promovidos pela atual gestão do município, melhor seria estimular turismos menos predatórios e menos impactantes que valorizem o ecossistema e a história da Ilha.

"O prefeito até que tem feito boas ações nesse sentido, mas, talvez na ânsia de ver um 'boom' acontecer na Ilha, ele deu um passo maior que as pernas", refletiu se referindo ao prefeito petista, Rubinho.

Afim de estimular o debate e interromper a montagem da mega estrutura no Parque dos Coqueirais, que é protegido por decreto municipal, inclusive, Gustavo Costa denunciou a organização do evento à Promotoria da Comarca de Itamaracá no dia 9 deste mês.

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Tecnologia reduz poluição causada por navios de grande porte



Pesquisador da USP aponta alternativas que podem contribuir
com o desenvolvimento sustentável do setor marítimo.

O transporte marítimo é um dos modais que apresenta menor custo por tonelada transportada. Como têm essa vantagem competitiva, os navios de grande porte são muito procurados, movimentam um número elevado de cargas e consomem grande quantidade de combustível – um óleo ‘pesado’, mais poluente que o diesel. Mas pesquisas recentes apontam que, com o uso de tecnologia, há alternativas para diminuir o impacto ambiental causado por essa atividade.

Um dos últimos estudos sobre o tema – Avaliação das instalações de máquinas em navios visando redução do uso de combustível fóssil – foi desenvolvido pelo engenheiro naval Gilberto Doria do Valle Filho, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Em dezembro passado, após dois anos de pesquisa, ele apresentou uma tese de mestrado em que aponta possíveis soluções para o problema da poluição causada pelo transporte marítimo.

“O trabalho englobou duas questões principais: a redução do uso de combustíveis fósseis e a melhoria do rendimento do modal marítimo”, explica Doria à Agência CNT de Notícias. Segundo ele, mesmo com a descoberta de mais poços de petróleo nos últimos anos, os recursos originados dessa exploração devem servir para financiar pesquisas que busquem soluções sustentáveis ao problema dos danos ao meio ambiente.

Doria enumerou quatro alternativas que podem proporcionar o emprego de energia limpa e mais eficiente: células de combustível, energia eólica, solar e sistemas híbridos. A médio prazo, o primeiro item, destaca o pesquisador, desponta como a melhor opção. “Nas células de combustível, o produto que seria queimado é convertido em energia elétrica usada para alimentar o sistema. O rendimento é até 50% maior”, explica.

Sobre a energia eólica, o estudo aponta a redução de até 30% no consumo de óleo, a partir do uso de modernas pipas projetadas para o uso em rotas com ventos favoráveis. “No caso dos navios, essa fonte ajuda na propulsão, o que diminuiu a utilização de outro combustível”, pontua o pesquisador.

Em relação à energia solar, apesar de ser o recurso mais abundante, Doria adverte que o rendimento proporcionado ao transporte marítimo ainda é baixo. “O desenvolvimento futuro vai trazer novas tecnologias e melhorar esse quadro”, explica. Por último, o sistema híbrido corresponde à combinação das outras três fontes de energia.

Custo
Sobre a possibilidade de essas novas tecnologias tornarem mais caras as operações realizadas pelos navios, Doria acredita que tudo será feito à medida que as empresas constatarem que o retorno financeiro é garantido. “Os projetos serão colocados em prática, principalmente, quando se tornarem economicamente viáveis. Essa é uma das conclusões do meu trabalho”, frisa.



Rosalvo Júnior
Agência CNT de Notícias