domingo, outubro 30, 2011

Entrevista feita pelo mundo jovem da PUC-RS


Como gerar menos lixo e salvar a Terra?


Marcelo Pelizzoli


Marcelo Pelizzoli,
filósofo, ecologista e professor na Universidade Federal de Pernambuco.
Endereço eletrônico: opelicano@gmail.com


Mundo Jovem: Que sociedade é essa, que gera tanto lixo?

Marcelo Pelizzoli: O lixo (resíduos) sempre existiu. Mas hoje mostra-se o elemento recalcado e ao mesmo tempo revelador do drama da humanidade. O drama da pobreza, por exemplo, revelado nos resíduos da subnutrição, vestígios da falta de uma série de vitaminas; o drama da riqueza e da lambança, com seus resíduos monstruosos; o drama da autodestruição da saúde. Tudo isso revela o drama da busca estonteante por sentido, por prazer, em objetos que se avolumam e se descartam (pois o desejo não tem fim).

Há uma angústia revelada no lixo, na sua mistura tóxica, no seu esquecimento. O lixo é nossa sombra - pessoas também tornam-se um pouco lixo. O lixo está na lógica da exclusão que adotamos. E como tudo o que é recalcado, ele retorna subrepticiamente em nossa água (o cocô que fazemos vai para a água e volta para nossa boca), em partículas no ar, em elementos dentro do leite, da carne, e alimentos em geral.

No lixo da classe média alta, principalmente da classe alta, em que o volume de resíduos chega a ser dez vezes maior do que da classe popular, está revelada a monstruosidade, a autodestrutividade de um modelo de vida. Há, ali, uma noção de ser humano. O que os seres humanos querem? O que estão buscando? O lixo é muito revelador disso. O consumo de coisas está aumentando consideravelmente e as pessoas ainda não estão felizes.


Mundo Jovem: Poderia ser diferente?

Marcelo Pelizzoli: Exige rever o sentido que damos à nossa vida, e o que alimenta nossa existência, nada menos. Bem, aí eu apelaria ao Dalai Lama que, em seu livro, Uma ética para o novo milênio, diz que o problema está ligado ao consumismo. Mas por que ao consumismo? Porque o consumismo está ligado a uma questão de como as pessoas escapam ao sofrimento, buscam a felicidade. Isso Aristóteles também dizia: “Todo o homem busca a felicidade”. Agora, como? Apostando num tipo de desejo: que o desejo existencial de sentido à sua vida seja realizado com objetos. E aí, é claro, como os objetos não realizam, você precisa de um, dois, muitos objetos, coloridos, de todo tipo etc. E aí está o motor do capitalismo.

Fazer diferente seria buscar, ir às raízes, à condição existencial do humano. Como se poderia cultivar dimensões de felicidade, de emoções positivas, formas de organização social, que tragam mais realização, para que não se precise apelar tanto a uma completude objetal (um termo que a Psicanálise coloca). Quando a mentalidade da exclusão do outro, dos seres selvagens, dos insetos e bichos, exclusão do doente, do estranho, do sujo, quando essa emoção acabar, integraremos naturalmente o lixo, que é parte de nós.


Mundo Jovem: E a reciclagem do lixo?

Marcelo Pelizzoli: Quando se fala de lixo é preciso retomar o que muitos chamam de quatro erres, que já é clássico. O primeiro erre é Repensar. E eu acrescentaria junto com o repensar a dimensão mais importante ainda, que é Ressensibilizar, sensibilizar as pessoas, tocá-las afetivamente. A questão ecológica não é a questão verde, não é um ramo da Biologia. Esse repensar, ressensibilizar é o primeiro ponto, a raiz da coisa.

Depois a Redução, o Reaproveitamento e, por último, a Reciclagem. O nome lixo é um reducionismo para uma gama de materiais diferentes. Só de plástico, por exemplo, há dezenas de formas. O que é preciso dizer é que a reciclagem tem limites; depois de algumas vezes, muitos materiais já não suportam ser reciclados. O grande desafio é o que fazer com uma gama cada vez maior de equipamentos, baterias, pilhas. É preciso saber claramente que, quando compramos isso, estamos deixando a conta verdadeira para nossos filhos e netos. O problema não são as montanhas de lixo apenas, mas tudo o que está implicado nele enquanto consumo e poluição, exclusão social: dramas humanos por excelência.

Outro problema é como o lixo está dentro do nosso sangue. Novamente o exemplo do cocô na água. Essa mesma água é a que se bebe. Então, o lixo que a gente produz, está no nosso sangue. Ele vai para a terra, para o leite, para a carne. Ele é reprocessado, mas sempre sobra um tipo de molécula e resíduos químicos que voltam. Esse é um problema, por exemplo, do plástico. Há um dado muito interessante, apurado há muito tempo, que mostra que o homem europeu, nos últimos 40 anos, diminuiu em 50% sua produção de espermatozoides, basicamente por causa dos resíduos de plástico e de agrotóxicos.


Mundo Jovem: Como você vê a estrutura e a gestão da coleta seletiva e da reciclagem no Brasil?

Marcelo Pelizzoli: A administração pública estará sempre com ferro em brasa nas mãos enquanto não se implementar modelos de cidades sustentáveis, retorno a produções e comercialização locais. Reciclagem no Brasil basicamente depende das formiguinhas salvadoras, que são os catadores, as associações que tiram disso seu sustento.

Muitas pessoas não têm ideia de quão importante é esse trabalho, e o que elas jogam e como jogam (sujo ou limpo) fora seus resíduos. Tal como Freud denunciou o recalque das nossas sobras e sombras no inconsciente, a ecologia denuncia e faz de novo responsável o consumidor.

O lixo é nossa parte, faz parte dos alimentos e materiais. Deve ser integrado e não negado, esquecido, misturado. O ápice da dicotomia é o lixo atômico. Todo lixo é natureza - o problema é que alguns demoram milhares de anos para se incorporarem novamente de modo equilibrado. É muito importante que a sociedade se dê conta disso. Primeiro, é preciso reduzir a quantidade de produção de lixo. Segundo, é preciso separar, reciclar... Não custa lavar os plásticos, vidros, antes de colocar para a reciclagem. Mesmo a reciclagem, que vem depois da diminuição da produção de lixo, já contribui muito para a redução do aquecimento global, pois tudo está interconectado.


Mundo Jovem: Qual o papel da juventude para uma sociedade que gere menos lixo?

Marcelo Pelizzoli: A juventude revela a própria insatisfação como sintoma de algo em crise na atualidade. Porque os desafios que pesam sobre a juventude, sobre as crianças que vão ter que lidar mais adiante com isso, são enormes. O peso, a dívida que está sendo deixada, é enorme.

A juventude sempre teve esse papel de lançar gritos de alerta, de se rebelar contra situações. Aliás, a juventude está se rebelando o tempo inteiro, mas muitas vezes de forma negativa, com descontentamento geral, com uso de drogas... A crise humana é muito grande, não se fala aqui de crise econômica. E a juventude é a que mais sente esses problemas.

Acho importante aproveitar essa energia, essa garra da juventude, e canalizar, aplicar onde deve ser aplicada, ao boicote às grandes corporações. Aplicar para uma ressensibilização, uma retomada de consciência, criar novas formas de organização em grupo, de participação política, mas, fundamentalmente, tentar boicotar essa situação e criar uma nova configuração para a sociedade, já que os jovens são os que mais sofrem dentro dessa dimensão de inquietude.


Mundo Jovem: Que ações individuais e coletivas podem contribuir para uma menor produção de lixo?

Marcelo Pelizzoli: A organização social em condomínios ecológicos, ecovilas, comunidades rurais alternativas; a valorização das culturas locais e a descentralização dos recursos/atividades; a formação de modos cooperativados de consumo, de empreendimentos. Meu lixo orgânico, por exemplo, volta todo para a natureza, numa composteira. Em três meses ele vira adubo.

Ao optar por produtos orgânicos e ecológicos, diminui a poluição ambiental, valorizam-se as produções familiares e locais, diminuem problemas de trânsito e, principalmente, o aquecimento global. Não se tem todos os cálculos certos ainda sobre mudanças em sustentabilidade, mas quando chegarmos a 30% das pessoas adotando isso, a maior mudança civilizatória estará acontecendo.

Existem também as ações individuais, no sentido de ressensibilização para a questão. Se o adulto parar, olhar nos olhos de seus filhos e pensar no que está acontecendo hoje e como será daqui a 10, 20, 30 ou 40 anos, com este nível de poluição que está sendo lançado hoje, começará a se motivar, parar de usar plásticos, diminuir os descartáveis, a se preocuparem mais com a política num sentido pleno da palavra, até chegarem à reciclagem, que acho que é a última ponta da questão.

O VALE DO CATIMBAU: UMA ÁREA A SER ESTUDADA


Separei para vocês uma boa entrevista que a Jacqueline Silva do Leia Mais fez com a professora da UFRPE Dra. Ednilza Maranhão, líder de um grupo de pesquisas em conservação e uso sustentável do bioma caatinga. Muito esclarecedora.

Qual o "retrato" atual do bioma caatinga em relação à conservação e/ou destruição?

Bem, em primeiro gostaria de agradecer o convite e dizer que falar Bioma Caatinga é sempre uma satisfação enorme. Esse bioma, exclusivamente brasileiro, deveria ter mais atenção por parte dos nossos governantes. Ele apresenta diferentes feições, o que o torna mais admirável e interessante do ponto de vista da sua biota, com destaque para as adaptação às condições semiáridas. Apesar de crescente interesse, basicamente pelo incentivo do MMA, atualmente as pesquisas vem crescendo e revelando potencialidades dos recursos naturais registrados para o bioma, todavia, ainda há muito que desvendarmos. E precisamos dessas descobertas para embasar e dar força à defesa dessas diferentes paisagens, bem como conseguir manter o homem no semiárido e conservar uma parcela representativa do potencial genético que ainda existe. Com tanta coisa para descobrir na Caatinga, tem-se o risco desse bioma desaparecer sem antes ser estudado por completo. O desmatamento é hoje o pior inimigo do bioma e também do sertanejo. A indústria, principalmente de gesso, vem contribuindo com a destruição da Caatinga, o empobrecimento do solo, a desertificação e o abandono das terras pelo homem. Perdemos cerca de 50% do Bioma e os dados evidenciam que essa destruição é crescente e sem limite. Precisamos de políticas mais direcionadas para minimizar os impactos e/ou estratégia alternativas de utilizar o recurso de forma sustentável

Como avaliar a biodiversidade do Vale do Catimbau?

O Vale do Catimbau é o nosso único Parque Nacional de Pernambuco no semiárido. Nesse local, além das belas paisagens, com destaque para as Caatingas e Brejo de Altitude, há a importância histórica e geomorfológica. É uma das áreas com maior riqueza de anfíbios e repteis na região semiárida de Pernambuco e tem muita coisa ainda para se descobrir. Através de pesquisas recentes tem sido possível documentar vários táxons novos entre invertebrados, principalmente abelhas, e também vertebrados.

Fale um pouquinho sobre suas pesquisas no Vale do Catimbau e como os resultados estão ajudando a conservação da biodiversidade do local?

Até o momento foi pontuado 12 área de interesse para Herpetofauna (estudo dos anfíbios e répteis) no Vale do Catimbau, entre essas duas espécies novas de Squamata (um lagarto um anfisbenídeos), até o momento considerado endêmico e acreditamos que mais espécies novas serão publicadas pois existe áreas ainda para ser inventariadas. Uma das áreas de grande relevância biológica é o brejo São José, um dos locais que é possível identificar elementos de Caatinga e também da Mata Atlântica

Por ser uma Unidade de Conservação do tipo Parque Nacional, muitos pesquisadores relatam falhas na gestão do parque (como por exemplo: falta do plano de manejo, presença de habitantes dentro da área, corte e queimadas de vegetação nativa entre outros) vc concorda com esta opinião?

Infelizmente sim. O PARNA enfrenta problemas graves um deles está relacionado com questões fundiárias. Tem muita gente que ainda não foi indenizada pela desapropriação das terras e existe também os aproveitadores, aqueles que não são moradores, mas recentemente estão invadindo as áreas dentro dos limites do parque com o objetivo também de receber uma indenização do governo. Existe um desconforto quando se falar em Guia e a comunidade, todo mundo quer ganhar um dinheirinho com o turista e com isso não existe uma organização. Pare resumo ir o Parque necessita urgentemente de um bom gestor. Esse administrador dessa UC não pode trabalhar isoladamente tem que buscar parcerias com a comunidade local de forma transparente e juntos definir regras e prioridade. É muito triste visitar áreas com pinturas rupestres e ver painéis destruídos por vândalos, área sendo desmatadas, pessoas caçando, bichos sendo atropelados nas estradas que dar acesso aos limites parque e não se ter uma estratégia ou uma fiscalização para isso precisa de um bom gestor e uma equipe de fiscalização atuante.

O que você sugeriria para melhorar/adequar o parque, para que haja efetivamente o uso sustentável?

Segundo o SNUC (Sistema nacional de Unidade de Conservação) o PARNA é de proteção integral. Tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico

O CNPq estar com um edital aberto exclusivamente voltado para pesquisas em Unidades de Conservação de bioma caatinga, e neste edital o Parque do Catimbau foi contemplado. Como vc acredita que este edital ou pesquisas nesta região poderão ajudar no cenário de desconhecimento, impactos e destruição que são relatados para área?

Acredito que o instrumento mais eficiente para melhor manejar o parque é a informação, esse edital é na realidade uma luta de vários pesquisadores e ONG preocupados com as UCs e o Catimbau merece. Com os estudos será possível se ter um diagnóstico real e atual sobre essa U.C. e direcionar melhor as medidas e conservação. Todavia é interessante que todos os seguimentos e áreas diferentes de pesquisas sejam contempladas.

sábado, outubro 29, 2011

O PC do B enlouqueceu de vez

Com a queda do Ministro Orlando Silva da pasta de esportes, o PC do B anuncia o ministro Aldo Rebelo para assumir a pasta. Aldo Rebelo é conhecido como o relator do fatídico código florestal. O mesmo se vendeu ao agronégio desse país representado pela CNA e senadora Kátia Abreu(DEM) para aprovar um bizarro instrumento legal aonde se mexe em pontos fundamentais da nossa legislação ambiental. Uma delas é a anistia para quem desmatou.
Será que uma figura como essa é um nome digno de confiança para cuidar de uma pasta extremamente cobiçada e que irá mexer com altos interesses e muito dinheiro?
Eu acho que não é a pessoa mais indicada, pois não entende de políticas esportivas, pois o ministério não é apenas para cuida da copa e de promover políticas de lazer e esporte e também porque não se mostrou tão honesto no episódio do episódio do código florestal. Mais uma pisada de bola do PC do B e da presidenta Dilma.

quinta-feira, outubro 27, 2011

Biogás: A energia que vem do Lixo

Pegando o embalo do caso do complexo do Shopping Center Norte, em São Paulo, que possui grande concentração de gás metano em seu subsolo, e consultando especialistas no assunto, pode-se perceber que esse gás, que é proveniente do lixo em decomposição, tem grande potencial energético.

Segundo dados do site da organização Eco Desenvolvimento, é desperdiçada anualmente uma quantidade de energia que pode abastecer aproximadamente 18 milhões de residências.

Estimativas divulgadas pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostram que o Brasil gerou mais de 57 milhões de toneladas de resíduos sólidos em 2009, um crescimento de 7,7% em relação ao volume do ano anterior. Só as capitais e as cidades com mais de 500 mil habitantes foram responsáveis por quase 23 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos no ano. Agora imaginem todo esse material considerado lixo se tornando energia?!

De acordo com o estudo do potencial da geração de energia renovável proveniente dos “aterros sanitários” nas regiões metropolitanas e grandes cidades do Brasil, da Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” da Universidade de São Paulo) o biogás é formado pela decomposição de resíduos orgânicos depositados nos aterros e lixões, e tem como um dos seus principais componentes o gás metano, que é um dos principais causadores do efeito estufa.

Para realizar a transformação do biogás em energia é necessário realizar um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, e o custo da implantação de um empreendimento deste tipo pode ser muito variável. Abandonar o que estamos acostumados nem sempre é fácil. Ainda mais se nesse caso, para adquirir novos hábitos, precisemos pagar mais. É esse o perfil mundial no caso da energia.

Transformando lixo em energia

Antes de transformar o biogás extraído da decomposição da matéria orgânica presente no lixo em energia, deve-se lembrar que é necessário criar todo um sistema de drenos para a sua captação. Outros pontos importantes a serem levados em consideração antes da conversão são o teor reduzido de metano no biogás em comparação ao gás natural e as impurezas presentes que, dependendo da concentração, deverão ser tratadas. Finalmente, para gerar energia serão necessários diversos equipamentos como, por exemplo, caldeira, turbina, trocadores de calor, transformadores e subestação de energia, além de dispositivos de segurança.

Fonte: E esse tal meio ambiente?

quarta-feira, outubro 26, 2011

Agenciar o Meio Ambiente

Em Pernambuco o órgão responsável por "agenciar o meio ambiente" do Estado é a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH - sigla que se manteve desde sua criação). A CPRH, tal qual tantos outros órgãos ambientais do Brasil, apresenta inúmeras falhas.
Notoriamente, a intervenção do interesse político e econômico nas atribuições, competências e procedimentos destes órgãos - infelizmente - ainda é uma mazela nas instituições que integram o SISNAMA, cujas causas se reportam à própria e(in)volução social, legal e institucional do conceito de desenvolvimento sustentável.
No mais, estes entes estatais, apresentam dois grandes obstáculos para aplicação da legislação ambiental: a ausência de comunicação interna e de preparo técnico-jurídico dos servidores envolvidos. Sem falar no óbvio, que é a lenta adequação da estrutura física (carros para vistoria, unidades descentralizadas, equipamentos para medição...).
Como se não bastasse, as questões procedimentais e processuais também estão prejudicadas. Deparamo-nos com autuações evidentemente arbitrárias, lavradas com alegações diametralmente opostas ao que o próprio departamento jurídico das instituições determina. Além disso, o auto de infração perdura no órgão sem um julgamento de sua defesa e recursos administrativos, suspendendo a sanção de multa que deveria coibir a prática das infrações.
Ora, vemos que tanto a prevenção quanto a repressão, funções próprias de qualquer área de atuação ambiental está descaracterizada no próprio órgão destinado para tal fim.
É certo que recentemente foi publicada nova lei de licenciamento, infrações e sanções administrativas em Pernambuco (Lei nº 14.249/2010), que altera algumas falhas da legislação anterior. No entanto, é imperioso observar que, tal qual o IBAMA (em sua IN 14/2009), a solução para agilizar o andamento de autuações ambientais, não é a organização, capacitação e comprometimento dos envolvidos, mas a supressão de instância recursal, permanecendo os mesmos vícios internos.
Pesa ainda sobre a CPRH a falta de norma que regulamente aquela nova lei de 2010, ou seja, até a edição deste instrumento normativo o órgão não define quem julga a Defesa administrativa apresentada contra o auto de infração.
Obviamente, vários aspectos institucionais e legais vêm se aperfeiçoando na CPRH, a exemplo da realização do concurso que tratou de regularizar a ocupação dos cargos públicos na entidade.
Este quesito, em particular, ao passo que promoveu a profissionalização do órgão, provocou uma série de questionamentos e repercussões internas que, agora, ganham dimensões públicas.
É que 170 funcionários da CPRH constituíram um canal de comunicação aberto ao público (Blog de funcionários da CPRH) no intuito de ultrapassar a "desatenção com as solicitações apresentadas" para melhorias nas condições de trabalho, anteriormente reivindicadas à Presidência da CPRH e Secretaria de Administração, conforme assim alegam.
Esperamos uma reforma no órgão ambiental do Estado, lastreada em amplo diálogo e comunicação, e que o exemplo reverbere para os demais Estados brasileiros, permitindo alterações trabalhistas, políticas e institucionais voltadas à atender a crescente demanda de proteção socioambiental do todo nosso país.

Fonte: Blog do PRODEMA

domingo, outubro 23, 2011

"COMUNISMO" E A AGRESSÃO AO MEIO AMBIENTE PARA INTERESSES ESPÚRIOS

Leia esse texto que mostra que os nossos partidos de esquerda, inclusive o PC do B é a favor da devastação de nossos biomas para favorecimento do agronegócio.

BRASILIA - Que partido é esse, que fez história na Guerrilha do Araguaia e agora surge como parceiro dos ruralistas na elaboração do Código Florestal e está envolvido em denúncias de corrupção, em pelo menos, dois setores do governo: Ministério do Esporte e Agência Nacional de Petróleo (ANP)? Tido como o partido mais ideológico desde que nasceu da dissidência do PCB, em 1960, o PCdoB ainda tem como marca a foice e o martelo cruzados simbolizando a aliança de operários e camponeses. Mas vive uma crise de identidade com suas bandeiras e ideologias marxistas-leninistas desde que se impôs uma perestróika à brasileira, quando chegou ao poder pelos braços do PT.

Do antigo Partidão (PCB), o deputado Roberto Freire (SP), presidente do PPS, diz que os comunistas (do PCB) no Brasil já foram acusados de tudo, menos de corrupção. Até o PCdoB chegar ao Governo. Há alguns meses, a revista “Época” teve acesso a vídeos, cheques e documentos, que, segundo a reportagem, fazem parte de uma investigação do Ministério Público Federal no Rio, sobre o esquema de corrupção montado na ANP, presidida pelo ex-deputado Haroldo Lima (PCdoB-BA), envolvendo a autorização para funcionamento de distribuidoras de combustível. O dinheiro da propina iria reforçar o caixa do PcdoB.

— Depois que o PT chegou ao poder, amplos setores da esquerda brasileira vêm num processo de degradação perigosíssimo. No governo, o PCdoB aparelhou o Ministério do Esporte e a ANP, e deu no que deu. Os comunistas, na história brasileira, sempre foram muito criticados. Mas nunca acusados de corrupção — diz Freire.

— O PCdoB não arriou suas bandeiras do comunismo. Tivemos uma aproximação gigante com os pequenos proprietários de terras. Onde chegamos, as pessoas vêm nos cumprimentar — afirma Haroldo Lima, negando o desvirtuamento das bandeiras do PcdoB.

A principal base política do partido, além de sindicatos, é a União Nacional dos Estudantes (UNE), que teve entre seus presidentes Orlando Silva e a deputada Manuela Dávila (PCdoB-RS), e que também é acusada de ter sido cooptada pelo dinheiro público, abandonado a independência dos movimentos estudantis.

Para o historiador Marco Antônio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos, o PCdoB abandonou a sua própria história, abriu as portas para celebridades, que conquistam votos, mas não dão consistência ideológica, e passou a se envolver em situações nebulosas. Essa guinada, diz, se dá a partir da eleição de Lula à presidência da República, quando o PCdoB conquista espaço no poder.

O historiador lembra que o PCdoB nasceu em 1962, de um racha do PCB, e seguiu o modelo chinês de Mao Tse Tung. Depois veio o golpe militar de 1964, a Guerrilha do Araguaia, e o partido passou apoiar o PMDB. Após a redemocratização, o PCdoB ressurge como um partido “pequeno, mas ideológico”.

Texto de Maria Lima e Luiza Damé (Agência Globo)

ARTISTAS FAZEM VÍDEO CONTRA O CÓDIGO FLORESTAL E FAZEM APELO AOS SENADORES

Alguns artistas e celebridades fizeram um vídeo pedindo aos senadores que reflitam quando forem votar o código florestal que é uma verdadeira aberração e só tem a favorecer a agroindustria e a CNA da senadora Kátia Abreu do DEM.

Ai vai o link do vídeo FLORESTA FAZ A DIFERENÇA: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=fA5-GBDu3DY

terça-feira, outubro 18, 2011

VOCÊ SABIA....

...que no Brasil a cada ano são desprediçados R$ 4,6 Bilhões pois não se recicla tudo o que se poderia?

... que somente 37% do papel de escritório é realmente reciclado e o resto é queimado?

...que uma tonelada de plástico reciclado economiza 130 quilos de petróleo?

...que economizam-se 2,5 barris de petróleo, 98 mil litros de água e 2500 kw/h de energia elétrica com uma tonelada de papel reciclado?

...que uma simples pilha "AA" pode prejudicar o solo por até 5 anos devido ao mercúrio nela contido?

PE FOLIA E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS

Muito se falou sobre o PE FOLIA, carnaval fora de época que foi patrocinada pela prefeitura de Jaboatão e Secretaria de Cultura. O debate teve o foco nas questões culturais e socioeconomicas decorrente da sua realização. Se deveria ou não ser feito o evento, a questão da violência e outros aspectos correlatos. Porém ninguém explorou o aspecto ambiental, analisando se o evento, que foi realizado na orla, causou impactos ambientais que troxeram de alguma forma prejuízos para a nossos recursos naturais.

Foi feita campanhas para alertar os participantes sobre a necessidade de se cuidar da praia, de não jogar lixo no local, de se fazer suas necessidades fisiológicas nos banheiros instalados e não na praia.

Sabe-se também que este tipo de evento há um grande consumo de bebeida alcóolica e refrigerantes que normalmente são de alumínio e de PET. Será que houve parcerias com coopeerativas que pudessem recolher esse material? E os recipientes de coleta seletiva? A prefeitura trabalhando em conjunto secretaria de educação, meio ambiente en cultura tiveram a preocupação de infromar as pessoas que elas não jogassem sua latinha no chão e sim num local destinado a coelta seletiva para destinação adequada?

Tudo isso não foi levantado pela mídia local e ficamos apenas focados na dualidade deve-se ou não fazer o evento? sem avaliar os impactos que o mesmo poderia causar.
Não estou aqui dizendo que não se deve fazer nenhum evento na praia por conta dos impactos gerados, porém deve-se planejar ações no sentido de minimizar esses impactos.

Ah, em relação às perguntas feitas anteriormente eu posso respondê-las: NÃO!!!

segunda-feira, outubro 17, 2011

Congresso Nacional de Educação Ambiental representa avanço na produção científica ambiental Brasileira

Fonte: Prof. Djalma Junior

Do dia 12 ao dia 15 de Outubro, O II Congresso Nacional de Educação Ambiental & IV Encontro Regional de Biogeografia reuniu professores, pesquisadores e alunos de várias áreas do conhecimento discutindo temas relacionados ao meio ambiente. Através dos minicursos, conferências e palestras com personalidades como Michele Sato, Ricardo Braga, Giovanni Seabra dentre outros e o mais importante: a apresentação de artigos científicos e trabalhos ficou evidente a crescente produção científica na área ambiental.

Como participante do congresso, apresentei um artigo falando sobre o manejo adequado de resíduos sólidos em escolas municipais em Jaboatão dos Guararapes. Detectou-se na pesquisa que nas escolas municipais de Jaboatão dos Guararapes há um altíssimo quantitativo de resíduos plásticos porque a merenda é terceirizada, ou seja, os copos, talheres e pratos são descartáveis.

Não há destinação adequada dos resíduos gerados.
Espero os trabalhos apresentados, inclusive este, sirvam de parâmetro para implementação de políticas públicas em todos os recantos desse país. Sabemos que quem sofre as consequências pela falta de cuidado com o meio ambiente são a grande massa excluída da nossa sociedade e a ciência deve estar à serviço do povo e não de uma elite que busca sempre se apropriar dos nossos recursos naturais para interesses particulares.

Jaboatão tem sido vergonha nacional com a questão do saneamento e chegou a hora de agir e não de ficar colocando culpa em gestões passadas, pois existe uma grande massa de excluídos buscando a libertação e a ciência em parceria com polítcas públicas é o caminho para tal.

DIA DO PROFESSOR: DIA DE LUTA E REIVINDICAÇÃO

Por Robson Fernando que é autor dos blogs Consciencia.blog.br e Vegetariano da Depressão


Dia dos Professores.

Deveria ser um dia de comemoração, de júbilo. De homenagem àqueles que fazem o possível para nos tornar cidadãos portadores da dádiva do conhecimento. Àqueles que aproveitam os minutos vagos da aula para nos transmitir também sabedoria de vida. Àqueles que se esforçam para nos livrar do véu da ignorância que nos tapa a visão lúcida e conhecedora do mundo. Mas hoje em dia não há nada o que comemorar nesta data.

Isso porque no Brasil o emprego de professor, o qual deveria ser considerado o mais nobre da humanidade, é tratado com hostilidade e vergonha. Pelos governos, municipais, estaduais e federais, que se sucedem um atrás do outro, seja autointitulados de “esquerda”, seja de direita, seja de centro. E também por muitos alunos, que, de tão mal criados por seus genitores ou responsáveis, não aprendem em casa a respeitar o próximo, nem mesmo seus mestres das escolas.

Os professores do ensino básico público brasileiro têm à sua disposição uma pobreza de material multimídia, submetem-se a jornadas de trabalho duplas, têm que fazer das tripas coração para ensinar em salas insalubres e sem infraestrutura, não conseguem ir além de um método de ensino convencional e ineficiente, e ainda muitas vezes são agredidos e ameaçados por seus próprios alunos, que, diante de uma represália do educador ou uma nota baixa, partem para a violência verbal e/ou física.

E ainda por cima recebem salários de fome. Remunerações básicas que às vezes são menores do que o salário de um coveiro de cemitério. Nas escolas públicas e também nas privadas, são empregados por concursos públicos de nível superior cuja remuneração inicial é menos da metade do salário de um técnico-judiciário de tribunal só com ensino médio completo. E têm que trabalhar na perspectiva de, no auge da carreira, na titulação máxima, depois de anos de dedicação, ganhar ainda menos que esse mesmo técnico-judiciário no primeiro mês de trabalho.

Não é à toa que o Consciencia.blog.br vem recebendo, desde o ano passado, desabafos e mais desabafos de professores desiludidos, decepcionados, arrasados com a situação lamentável em que se encontram em sua carreira. Muitos desejam fortemente ou já pensam em mudar de profissão. Porque o emprego mais nobre do mundo é no Brasil o mais vergonhoso, o mais tratado como pária.

Por isso eu e milhares de professores do Brasil somos obrigados a dizer: o Dia dos Professores não é dia de comemoração. É dia de luta, de reforço nas reivindicações que já fizeram dezenas de aniversários. É dia de relembrar que o professor neste país é discriminado pelo poder público, e que só com luta há esperança de o emprego de professor adquirir alguma dignidade extrínseca, que recupere também a dignidade intrínseca a essa profissão.

Portanto, fica a convocação. Dia dos Professores é dia de levantar a bandeira e lutar contra esse sistema público-privado que trata o professorado como animais de pecuária. Desejo profundamente que os próximos Dias dos Professores sejam como os Dias da Independência: que tenham o seu Grito dos Excluídos. O Grito dos Professores Excluídos.

domingo, outubro 09, 2011

Resíduos sólidos: educação é prioritária para mudança de comportamento

A mudança de comportamento da sociedade em relação aos resíduos sólidos, com o componente educacional que começa em casa e nas escolas. O engajamento e a mobilização popular para garantir o controle social na construção das políticas públicas para a gestão desses resíduos. Essas têm sido as bases dos debates na 2ª Audiência Pública, realizada na região Sul, que reúne os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Reunidos em Curitiba, os mais de 400 participantes da audiência, a exemplo do que já ocorreu em Campo Grande (MS), discutem a destinação ambientalmente correta de diversos tipos de resíduos; a questão econômica relacionada ao tema; e a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis.

Na abertura do evento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou a importância do engajamento de todos na busca de soluções imediatas para um dos maiores problemas econômicos e sociais que o Brasil vem enfrentando. “Por isso estamos convidando a todos para esse engajamento. É essencial a participação da sociedade brasileira para que haja uma mudança de comportamento com relação aos resíduos. Sem essa participação e esse compromisso formal de todos os cidadãos não teremos como implementar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)”.

O secretário de Meio Ambiente do Paraná, Jonel Nazareno Iurk, compartilhou a tese da importância da participação popular e da mudança de comportamento para que a implementação da nova política seja efetiva. Segundo ele, a gestão compartilhada e a responsabilidade de todos sobre o destino dos resíduos “lança um novo olhar sobre a questão”. Iurk disse que a Lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos passou a ser um divisor de águas com relação à percepção que se tem da geração de resíduos no Brasil.

O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, reiterou que não se constrói políticas públicas sem a participação social. “Para chegarmos a bons resultados, é necessária a responsabilidade compartilhada”. O secretário garantiu que não se construirá uma nova realidade sem a participação de todos os atores.

Bonduki alertou que a situação atual dos resíduos no Brasil não é boa. Falta, segundo ele, principalmente informação, conforme o indicado pelo diagnóstico realizado pelo Instituto de Políticas Econômicas (Ipea). Ele informou, por exemplo, que 75% dos municípios brasileiros têm lixões e que isso tem de ser interrompido. “A alteração dessa realidade passa pela mudança de modelo. Temos de começar a mudar tudo isso a partir de nossas casas, no processo de produção industrial, para que tenhamos menos quantidade de resíduos indo parar nos aterros”.

Ele disse ainda que é preciso mudar a mentalidade de que resíduos se constituem problemas. “Eles são recursos que vão gerar riquezas”.

O representante dos Catadores de Materiais Recicláveis, Alexandre Cardoso, alertou para a situação de exclusão do sistema econômico vivida pela sua categoria. “Quando o catador é incluído, toda sua família é incluída e a economia cresce”, disse.

O representante do Ipea, Albino Alvarez, que apresentou aos participantes o diagnóstico produzido pelo Instituto, disse que o Brasil precisa aprender com a região Sul a preocupação com o destino dos resíduos. “Aqui essa preocupação é mais enraizada. É uma questão de educação. O conjunto de experiências da região Sul deve ser compartilhada com o restante do País”, disse.

Audiências - As audiências Públicas fazem parte do processo de construção do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Assim como a Consulta Pública, disponível no sítio eletrônico do Ministério do Meio Ambiente, elas são instrumentos que o Estado utiliza para conversar com a população. Por meio delas, torna-se possível garantir a participação da sociedade na construção das políticas públicas.

Estão previstas cinco audiências até o início de dezembro deste ano. A primeira ocorreu em Campo Grande (MS) e reuniu todos os estados do Centro-Oeste. A segunda está sendo realizada na região Sul e a terceira está marcada para a cidade de São Paulo e, na sequência, serão realizados os encontros das regiões Nordeste (Recife) e Norte (Belém). (Fonte: Suelene Gusmão/ MMA)

sábado, outubro 08, 2011

Obrigatoriedade da coleta do óleo de cozinha

Na Assembléia Legislativa de Pernambuco tramita um projeto de lei de autoria do Deputado Daniel Coelho a obrigatoriedade de Condomínios e Restaurantes coletarem óleo de cozinha para destinar à reciclagem.
A intenção é conscientizar a população da importância da destinação adequada desse resíduo que causa obstrução da rede coletora de esgoto e a poluição dos cursos d´água.
Indo diretamente ao esgoto, o óleo encarece em 45% o tratamento de esgoto e os que ficam nos rios causam impermeabilização dos leitos e das áreas do entorno aumentam o risco de enchentes.

Parabéns ao Deputado.

quinta-feira, outubro 06, 2011

Custo em Litros de Água

A UNESCO fez um estudo para medir quantos litros de água gasta-se para produzir diversos produtos. Como exemplo; para se produzir 300g de carne de porco, são necessários 1440 litros de água.. E um bife de peito de frango “custa” 1770 e assim por diante. Veja a tabela abaixo:
Produto Unidade Litros de Água
Açúcar 1kg 1500
Algodão 1 camiseta 2700
Café 1 xícara 140
Carne 1kg 15500
Cerveja 1 copo 75
Cevada 1kg 1300
Frango 1kg 3900
Hamburguer 1 unidade 2400
Leite 1 litro 1000
Milho 1kg 900
Ovos 1 unidade 200
Pão Uma fatia 40
Papel 1 folha A4 10
Queijo 1kg 5000
Soja 1kg 1800
Trigo 1kg 1300
Vinho Uma taça 120

Outro número interessante do estudo é o cálculo do gasto de 80 litros de água por dólar de produto industrializado. É claro que trata-se de uma média global, devido à miríade de indústrias e países onde se encontram. Enquanto nos EUA a média é de 100 litros por dólar, em países como a Austrália e o Canadá ela é 10-15 litros, enquanto na Índia, 20-25 litros.

Entretanto, é importante ressaltar que a agricultura é responsável pela maior parte da água consumida no mundo, superando em 10 vezes o consumo da indústria. Daí a importância de escolhas conscientes não só apenas de produtos industrializados, mas principalmente dos alimentos que consumimos.”

segunda-feira, outubro 03, 2011

O extraordinário Tião Santos

Tião Santos foi um dos palestrantes da Bienal do Livro ontem(02/10), no Auditório Beberibe falando de sua bela experiência de valorização do trabalho dos catadores que hoje deve ser cerca de 800 mil pessoas em todo Brasil.

Sebastião Carlos dos Santos, 32 anos, natural de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, nunca foi tão assediado principalmente pela mídia. Ele é presidente da Associação de Catadores de Material Reciclável de Jardim Gramacho e tem um jeito natural de líder que não só o colocou nessa posição, como também lhe garantiu um papel de destaque no filme que concorreu ao Oscar este ano.

Seu documentário, Lixo Extraordinário (Waste Land, em inglês), lançado no ano passado e produzido entre 2007 e 2009 no Aterro Controlado de Gramacho - onde trabalham cerca de 2 mil pessoas, responsáveis pelo sustento de, pelo menos, três mil - retrata muito bem essa intenção, que transformou a vida de todos, mas especialmente de Tião Santos.

Fonte: Djalma Junior



sábado, outubro 01, 2011

João Pessoa sediará o II Congresso Nacional de Educação Ambiental e o IV Encontro Nordestino de Biogeografia


No período de 12 a 15 de outubro de 2011, dois importantes eventos acadêmico-científicos serão sediados em João Pessoa - O II CNEA-Congresso Nacional de Educação Ambiental e o IV ENBio- Encontro Nordestino de Biogeografia.

Aguardam-se em torno de 1800 congressistas e estão programadas palestras, mesas-redondas, lançamento de livros, oficinas e espaços de diálogos para apresentação de artigos. Esse blogueiro que vos fala irá apresentar um trabalho sobre a PERCEPÇÃO AMBIENTAL SOBRE A IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA EM ESCOLAS PÚBLICAS DE JABOATÃO DOS GUARARAPES.

Teremos mais de 70 cientistas, educadores e palestrantes que são referências nacionais e intercionais em educação ambiental, biogeografia e diversas outras áreas que integram o binômio sociedade x natureza.

Maiores informações pelo site www.cnea.com.br