quinta-feira, dezembro 15, 2011

COP17 e o desapontamento de todos

Chega ao fim a 17 Conferência de Partes da ONU a COP-17 e com ela a esperança de um acordo climático pós-kyoto entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para diminuição de emissões dos gases de efeito estufa buscando assim um equilíbrio nas condições climáticas do planeta.
No final há um sentimento de desapontamento, mesmo com a grande participação do povo africano e uma grande pressão da sociedade civil presente.
Não há muito o que comemorar, mas o encontro não foi de todo um fracasso. Assim, alguns pontos foram estabelecidos na conferência:

  • Foi acordada a adoção de um acordo global de redução das emissões, incluindo aí desenvolvidos e em desenvolvimento. Porém, esse acordo só deve começar a ser discutido em 2015, para implementação após 2020. O ponto positivo aqui é que mesmo países como Estados Unidos e China aceitaram subscrever a tal acordo, que possivelmente terá caráter legal, ou seja, será um instrumento obrigatório, regido por medidas legais de não cumprimento (?). O processo é denominado Plataforma de Durban para Ação Aumentada;
  • O Protocolo de Kyoto, que expira no fim do ano que vem, ganhou uma segunda versão, a partir de 2013, com previsão de término entre 2017 e 2020. Nesse período, de acordo com o texto, o objetivo é que se tenha reduzido entre 25% e 40% das emissões dos países signatários em relação aos níveis de 1990;
  • Foi, finalmente, criado o Fundo Verde, instrumento que disponibilizaria aos países menos desenvolvidos os subsídios para combater às mudanças climáticas e reduzir suas emissões, desenvolvendo-se sem que, com isso, tenham de passar por estágios de destruição do meio ambiente. A Coréia do Sul se propôs a contribuir para o fundo. Outras nações foram convidadas a fazer o mesmo.
A COP17 mostrou que há países e grupos que querem levar adianta as negociações climáticas e que têm vontade e disponibilidade para tanto. O grupo de países africanos e da União Europeia lideram, em suma as discussões. Estados Unidos, Japão, China, Austrália, Nova Zelândia, Rússia e Índia se oporam, entraram no caminho, dificultaram ou mesmo não fizeram absolutamente nada de positivo em suas representações na conferência.

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